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Valor Mobiliário: veja como funcionam esses contratos de investimento

Os títulos financeiros emitidos por empresas públicas ou privadas, entre eles, ações e outros ativos de renda fixa e variável são espécie de um conceito mais amplo chamado valor mobiliário. O foco dessas entidades é, principalmente, arrecadar recursos para aplicar em suas operações.

O valor levantado pode compor o patrimônio de uma empresa, por exemplo. Ou ainda, pode servir para fomentar áreas específicas do mercado, como a imobiliária ou do agronegócio. Atualmente, as pessoas têm uma infinidade de ativos de valor imobiliário para investir.

Neste artigo, discorreremos um pouco mais sobre o conceito de valor mobiliário e quais são as principais opções para você investir. Continue lendo!

O que é valor mobiliário?

Os valores mobiliários são títulos financeiros que diariamente são comprados e vendidos no mercado financeiros. Eles podem ser de propriedade — como as ações — ou de crédito, como é o exemplo das debêntures.

Apesar desses dois tipos serem classificados como valor imobiliário existem algumas diferenças cruciais entre esse conceito e o de título de crédito. Isso porque, esse último é considerado um direito individual. Já no caso dos valores mobiliários nós temos uma distribuição em massa.

Quem regulamenta o valor mobiliário no Brasil é a Lei 6.385 de 1976. Inclusive, essa foi a primeira legislação criada com a finalidade de regulamentar a oferta de títulos financeiros. Naquela época, vários ativos foram listados e considerados como valores imobiliários. Na ocasião também tivemos a criação do Conselho Monetário Nacional e da Comissão de Valores Mobiliários.

Assim, para mudar a lista esse órgão governamental era acionado. Com o surgimento de novos títulos essa primeira lista ficou restrita demais para o mercado, exigindo a edição de uma Medida Provisória de número 1.637 no ano de 1998 (que foi convertida na Lei 10.198/2001).

A partir desse momento o conceito de valor mobiliário se tornou mais amplo, permitindo a incorporação de diversos tipos de ativos. Além de determinar o que são valores mobiliários, a legislação também define o que não pode ser classificado nessa lista.

Alguns exemplos são: títulos cambiais emitidos por instituições financeiras — exceto as debêntures, que demonstraremos com mais detalhes em outro tópico deste conteúdo — bem como títulos de dívida pública federal, estadual ou municipal.

A criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

A CVM, criada na Lei 6.385/1976 é uma autarquia — ou seja, é independente mas está ligada ao Governo Federal — que tem como objetivo a fiscalização e normatização do desenvolvimento do mercado financeiro nacional.

Ela é sediada no Rio de Janeiro e, apesar de autônoma, é ligada ao Ministério da Economia. Ela é formada por um presidente e quatro diretores. A nomeação dessas pessoas é feita pelo Presidente da República e, em seguida, aprovada pelo Senado.

O mandato desses profissionais tem duração de 5 anos. Eles serão responsáveis por fiscalizar as condutas de pessoas físicas e jurídicas no mercado financeiro. Podendo, inclusive, aplicar sanções em caso de descumprimento de alguma norma.

Quais são os principais tipos de valores mobiliários?

Agora que você entendeu o que é valor mobiliário nós mostraremos quais são os principais tipos. Continue lendo!

Ações

Sem dúvidas, entre os valores imobiliários mais conhecidos nós temos as ações. Basicamente, elas podem ser definidas como frações de uma empresa. Assim, quando uma pessoa compra esses ativos na Bolsa de Valores está se tornando um sócio da companhia.

Como tal, passa a ter direito ao recebimento da parcela dos lucros que são distribuídos aos sócios. Contudo, não tem direito a se manifestar sobre decisões da empresa que são tomadas pelo Conselho de Administração.

As ações são consideradas um valor mobiliário pelo fato de os investidores adquirirem o direito de participação nos lucros da empresa. Elas são comercializadas na Bolsa de Valores e para uma companhia lançar suas ações na instituição precisa passar por uma série de procedimentos e atender alguns critérios definidos pela CVM.

Debêntures

Outro exemplo de valor mobiliário são as debêntures. Basicamente, são títulos emitidos por empresas privadas que desejam captar recursos para financiar suas atividades. Em outras palavras, você emprestaria dinheiro para essas companhias.

Essa modalidade de ativo está enquadrada no rol da renda fixa. Uma vez que o investidor adquire o título sabendo quando ele renderá no futuro. As debêntures são excelentes formas de diversificar os investimentos, tendo em vista que proporcionam retorno superior a maioria dos ativos de renda fixa.

Por outro lado, são mais arriscadas, uma vez que não contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Bônus de Subscrição

Outro exemplo de valor mobiliário é o Bônus de Subscrição. Basicamente, é um direito que o investidor adquire quando aplica em ações de determinadas empresas. Em resumo, esse direito permite a esses acionistas a propriedade na aquisição de novas ações emitidas pela empresa.

Esse direito é especialmente vantajoso para aqueles investidores que não querem perder a sua posição quando ocorre a emissão de novos papéis. Afinal, nesses casos pode ocorrer a diluição da sua participação. Tendo em vista que aumentará o número de ações emitidas.

BDR

Nós também temos valores mobiliários chamados de Brazilian Depositary Receipts (BDRs). Basicamente, esses ativos são títulos que representam ações de empresas de outros países. Desse modo, ao adquirir um BDR o investidor aplicará em um ativo que representa a ação daquela companhia na Bolsa de Valores brasileira.

O interessante dos BDRs é que você pode aproveitar o movimento de empresas extremamente valorizadas como a Apple, por exemplo, sem ter que enviar dinheiro para fora do país. Sendo uma opção mais econômica de começar a investir no mercado exterior.

Contratos Futuros

Os contratos futuros são uma modalidade de derivativos que funcionam como uma forma de acordo de compra e venda em uma data futura. Esse ativo é amplamente negociado na Bolsa de Valores e permite uma lucratividade interessante por meio da oscilação constante que existe nos preços.

Inclusive, o mercado futuro é o preferido por investidores que atuam com a especulação nas operações que iniciam e encerram no mesmo dia. Ou seja, o famoso Day Trade.

Cotas

As Cotas são pequenas partes do capital dos Fundos de Investimento e também são classificadas como valores mobiliários. Assim, tendo garantida a fiscalização por meio da Comissão de Valores Mobiliários, bem como do Conselho Monetário Nacional.

Nos fundos de investimento, o investidor passa a fazer parte da aplicação coletiva. Dessa forma, garantindo o direito de participar da divisão dos rendimentos obtidos pela gestão do fundo.

Como os valores mobiliários são negociados na Bolsa de Valores?

De modo geral, um valor mobiliário é negociado no Sistema Financeiro Nacional (SFN). Pessoas físicas e jurídicas que possuem dinheiro podem adquirir esses títulos financeiros por meio de bancos, empresas credenciadas e, principalmente, na Bolsa de Valores.

As entidades públicas ou privadas que têm autorização dos órgãos competentes podem captar recursos desses investidores para financiar suas atividades. Essas instituições são chamadas de tomadores e utilizam os ativos financeiros para captar recursos. Por outro lado, os investidores utilizam esses ativos para obter rendimentos.

Dessa forma, é um “jogo” em que todos os lados saem ganhando. O tomador consegue fomentar e ampliar seus negócios, enquanto o investidor pode ver seu dinheiro se multiplicar. É claro que essa é apenas uma definição mais ampla dos valores mobiliários.

Para que um investidor efetivamente ganhe com esses ativos ele precisa analisar uma série de outros critérios e, principalmente, apostar na diversificação da sua carteira de investimentos.

Quais são as vantagens e desvantagens de investir em valor mobiliário?

Entre as principais vantagens de investir em valor mobiliário nós temos a questão da multiplicação do capital. Ninguém investe o seu dinheiro em algum ativo sem pensar nessa possibilidade. É claro que, dependendo da modalidade, o investidor pode ganhar mais ou menos, além de correr o risco de perder alguma quantia.

Mas, sem dúvidas, investir em ativos mobiliários é uma das formas mais rápidas e seguras de multiplicar um capital, construindo um patrimônio capaz de possibilitar a liberdade financeira para o investidor.

Contudo, também existem algumas desvantagens que você precisa entender. Primeiro, temos a possibilidade real de perda de valores em alguns investimentos. Geralmente, os ativos que proporcionam a maior rentabilidade demandam riscos mais elevados.

Outro ponto importante a ser destacado é sobre a gestão do capital aplicado. A partir do momento que você compra uma ação, por exemplo, o dinheiro depositado passa a ser gerenciado pelos administradores da companhia e você não terá nenhum poder sobre suas decisões.

O máximo que pode ser feito é vender a ação, correndo risco de perder dinheiro nessa operação. Mas, essas desvantagens e os riscos que são inerentes aos ativos mobiliários podem ser reduzidos se o investidor adotar estratégias de diversificação do seu capital. Assim, é possível dirimir eventuais perigos, além de aproveitar percentuais de rentabilidade diferenciados.

Por fim, podemos concluir que um ativo mobiliário pode proporcionar benefícios interessantes para quem deseja multiplicar o seu patrimônio ao longo dos anos. Mas, para que isso aconteça você precisa dedicar tempo para estudar e conhecer bem o mercado ou a empresa que pretende aplicar o seu dinheiro.

Para começar a sua jornada, confira este artigo e veja quais são os primeiros passos que você deve dar para começar a investir na Bolsa de Valores.

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