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Teoria de Dow: conheça esse método de análise técnica

teoria de Dow

Ser um trader de sucesso não necessita apenas de intuição apurada, mas também de muito estudo e conhecimento de inúmeros métodos, como a teoria de Dow. Trata-se de uma das mais importantes para quem quer operar no mercado de renda variável, seguindo os passos de um dos principais gurus de Wall Street.

Quer conhecer mais sobre o método criado por Charles Dow? Então, não pare de ler este post e invista em operações com grandes chances de serem bem-sucedidas.

Entenda o que é a teoria de Dow

Essa teoria foi criada pelo jornalista Charles Henry Dow, fundador do The Wall Street Journal e também da Dow Jones Company, sem falar no Dow Jones Industrial Average (DJIA), o segundo índice de mercado mais antigo dos Estados Unidos.

Por isso, a teoria leva o seu nome e é vista pelo mercado como a base da análise técnica de ativos de renda variável. Aliás, inúmeros termos que existem no dia a dia dos traders vem dos princípios contidos na teoria de Dow.

Surgimento

A teoria de Dow surgiu no momento em que Charles percebeu a necessidade de um índice que fosse capaz de registrar as variações dos preços das ações.

Ela surgiu justamente para acompanhar o índice Dow Jones, em 1887, que inicialmente era calculado com o preço de fechamento de 12 companhias somadas e divididas por 12. Atualmente, conta com 30 empresas.

Inspirada pelo nome do seu criador, a teoria foi uma maneira de encontrar um jeito eficiente para acompanhar as altas e baixas cotações, sendo um excelente meio de interpretação das tendências do mercado.

Quando foi criada, o índice Dow Jones era composto pelas médias industrial e das estradas de ferro. E por meio do estudo deles e também do comportamento das oscilações que o empresário acabou criando a teoria, que é baseada em princípios, como veremos agora.

Conheça os princípios da teoria de Dow

Charles utilizava os editoriais do The Wall Street Journal para escrever as conclusões referentes aos estudos baseados nas análises técnicas dos gráficos dos preços.

Depois de sua morte, em 1902, o colunista econômico William Hamilton continuou os princípios, que foram sendo formulados ao longo de 27 anos na teoria que também é conhecida como chartismo. Ao todo, são oito que norteiam o método.

E todos se baseiam nas tendências do mercado, levando em consideração eventos do passado, sempre por meio do volume de negociações e padrões gráficos. Vamos a eles.

1. Índices e preços já descontam tudo

Esse princípio diz que os preços e índices já embutem tudo o que vem sendo refletido pelo mercado, indo desde notícias do mercado financeiro até decisões das empresas.

A teoria defende ainda que os eventos são incorporados aos preços, sendo preponderantes no movimento de elevação ou queda.

Inclusive, existem termos bem populares entre os traders que evidenciam esse princípio. Entre eles, podemos citar o que diz:

os preços só não descontam os atos de Deus

Isso porque até mesmo eventos inesperados causam abalos no mercado, indo desde a eleição de um presidente até ataques terroristas, passando por crises e pandemias.

2. O mercado se move em ondas e apresenta três tendências

De acordo com a teoria de Dow, o mercado conta com três tipos de tendências que se destacam:

  • primária: vista como as marés do mar que são duradouras;
  • secundária: entendida como as ondas de média prazo;
  • terciárias: as famosas marolas, que acontecem a curto prazo.

3. Tendências de alta contam com três fases

No terceiro princípio da teoria de Dow, é demonstrado que as tendências primárias de alta apresentam três fases, que são:

  • acumulação: quando insiders bem antenados compram no momento certo, principalmente quando o mercado está abaixo do valor justo ou com sinais de melhora econômica.
  • subida sensível: acontece quando os preços têm uma elevação estável, principalmente por meio da melhora dos resultados das empresas. Mas os riscos são altos.
  • estouro ou excesso: quando existe convencimento de que a tendência de alta é iminente, fazendo com que as ações sejam compradas, aquecendo o mercado. Assim, os preços sobem rapidamente, principalmente sob diversas influências.

4. As tendências de baixa têm três fases

Nesse princípio, ocorre justamente o oposto do descrito acima, enfatizando as tendências de baixa, que seguem o seguinte script:

  • distribuição: inicia-se no fim de uma tendência de alta com os insiders realizando operações de venda. Dessa maneira, os preços podem ficar congelados ou terem quedas;
  • pânico: ocorre no momento em que os compradores perdem força e os vendedores se prevalecem, gerando sentimentos negativos e uma avalanche de vendas de ações, ou seja, as quedas se tornam ainda mais intensas;
  • baixa lenta: é verificada na hora em que os preços atingem um valor muito baixo, fazendo com quem ainda não vendeu a manter a posição. Consequentemente, o volume torna-se reduzido.

5. O volume deve confirmar a tendência

Nesse princípio, a teoria de Dow revela que o volume financeiro é um fator que pode confirmar uma tendência, podendo crescer ou diminuir de acordo com cada movimento do mercado.

6. Duas médias se confirmam mutuamente e devem usar o valor de fechamento

Trata-se de um dos princípios de maior dificuldade no entendimento pelo fato de definir que as duas médias (industrial e de transportes) devem andar na mesma direção.

Mas isso acaba sendo um risco pelo fato de possíveis mudanças na tendência principal. Como as médias são calculadas pelo preço de fechamento, o de abertura pode ser inútil nas análises.

7. Uma tendência se prolonga até haver sinal de reversão

Nesse princípio, Charles Dow defendia que as tendências continuam indefinidas caso não haja sinais de reversão.

Por isso, diz que um movimento de alta ou baixa poderá se prolongar se não existir um movimento contrário sobre ele.

8. O mercado pode se movimentar lateralmente

O último princípio mostra que podem existir situações sem uma tendência definida, com movimentos lentos ou laterais, sempre com as forças de oferta e procura se equilibrando.

Principais críticas

Apesar da importância no Day Trade, a teoria de Dow também recebe inúmeras críticas por parte dos analistas e traders. Afinal, nada é 100% eficaz no mundo, principalmente no mercado de capitais.

Como se baseia em probabilidades e antecipações dos movimentos do mercado, algumas críticas foram sendo tecidas ao longo dos anos, tais como:

  • lenta nos resultados: essa crítica diz que parte dos ganhos demora muito para acontecer por meio de uma tendência, o que pode resultar em prejuízos quando se prioriza os movimentos do mercado;
  • brecha para dúvidas: em análises de longo prazo, há dúvidas relacionadas aos movimentos, abrangendo desde o primário até o terciário, situação que pode ser prejudicial aos traders;
  • perda de tendências menores: ao esperar a confirmação de uma tendência, existe o risco do trader perder excelentes oportunidades nas operações a curto prazo, principalmente nas secundárias e terciárias.

Assim, a dica primordial é sempre investir nos estudos de várias teorias, tendo como espelho outras técnicas e métodos que compõem o mercado de capitais.

Dessa maneira, seguindo a teoria de Dow e muitas outras, certamente o seu Day Trade sempre estará alicerçado em decisões coerentes e focadas em resultados que refletirão em consideráveis ganhos financeiros.

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