Neste artigo, vamos explorar com maior profundidade dois padrões essenciais da análise técnica: as bandeiras e as flâmulas. Você entenderá o que exatamente é uma bandeira Candlestick e, o mais importante, como agir ao identificar essa formação no mercado.
Vale ressaltar que a análise técnica é amplamente adotada por investidores para embasar suas decisões na alocação de recursos, envolvendo a compra e venda de ativos financeiros. Ela se baseia em padrões gráficos, que são representações geométricas que emergem nos gráficos de ações e outros ativos de renda variável.
Essas ferramentas desempenham um papel crucial na interpretação das tendências de preços, permitindo que os investidores tomem decisões informadas para potencializar seus investimentos. Portanto, continue a leitura para aprofundar seu conhecimento sobre esses padrões e fortalecer sua capacidade de análise de mercado!
O que são bandeiras e flâmulas?
As bandeiras estão entre os padrões gráficos mais interessantes da análise técnica. Elas indicam breves períodos de consolidação depois de um intenso movimento de preços.
Em geral, é um padrão que se forma durante tendências de baixa ou de alta. Funciona como uma pausa antes que o preço mantenha sua antiga trajetória.
As flâmulas, por sua vez, aparecem sempre que existe uma rápida convergência de linhas de tendência. Surgem depois de um intenso movimento de preço, representando breves pausas.
O que fazer ao identificar uma bandeira Candlestick?
O nome “bandeira Candlestick” é uma alusão ao padrão encontrado no gráfico de velas, também chamado de “candlestick”.
Esse gráfico se originou no Japão. Da mesma forma que um candelabro é formado por muitas velas, o gráfico candlestick é formado muitos candles, ou seja, muitas “velas”. Cada candle oferece quatro informações:
- valor de abertura do ativo;
- valor de fechamento desse ativo;
- preço máximo dele;
- preço mínimo dele.
Uma característica relevante do gráfico de velas é que ele dá ênfase ao preço de abertura e ao preço de fechamento. Velas verdes indicam tendência de alta em relação à abertura; velas vermelhas indicam tendência de baixa em relação ao fechamento.
Identificação da bandeira de Candlestick
A identificação de bandeiras no gráfico requer atenção e prática. O passo inicial é compreender que a bandeira Candlestick só aparece depois de fortes movimentos no mercado financeiro.
Retornando à identificação da bandeira Candlestick, o investidor deve procurar, primeiramente, os movimentos intensos de que falamos.
Depois desses movimentos, procure uma consolidação, a qual é representada por um retângulo inclinado: a bandeira Candlestick.
Porém, o retângulo não deve ser longo. Como a flâmula, a bandeira é um padrão de curto prazo, com duração de uma a quatro semanas.
O investidor também deve verificar o volume. Enquanto a bandeira se forma, o volume costuma ser baixo. Porém, quando o preço rompe o padrão, o volume tende a aumentar, o que corrobora que a bandeira de Candlestick é válida.
Outro ponto que o trader deve verificar é a inclinação. Durante a alta, a bandeira inclina-se para baixo. Ao contrário, durante a baixa, ela se inclina para cima. É um detalhe importante para uma interpretação acertada e, consequentemente, uma tomada de decisão mais fundamentada.
Ação depois da identificação
Não basta identificar. É necessário saber o que fazer com a informação correta. O movimento inicial abrupto de preço é comumente conhecido como “mastro”.
Após identificar a bandeira de Candlestick, o investidor deve esperar a confirmação, que acontece quando o preço ultrapassa a linha de cima (nas bandeiras de alta) ou a linha de baixo (nas bandeiras de queda). Confirmando o rompimento, o investidor pode participar da transação.
Para maximizar os ganhos, alguns traders definem metas de preço. A técnica mais usada é a projeção da altura do mastro desde o ponto identificado de rompimento. Assim, é possível estimar até que ponto o preço pode se deslocar.
A utilização da bandeira de Candlestick comporta riscos. Logo, convém definir um limite de perdas, ou seja, estabelecer um stop loss. Geralmente, esse ponto fica situado sob a linha inferior da bandeira para a alta e acima dessa linha para a baixa. É assim que o trader restringe as indesejáveis perdas.
O que fazer ao identificar uma flâmula?
O trader deve identificar um intenso movimento de preço, que funcionará como “mastro da flâmula”. As linhas de tendência das flâmulas, diferentes das linhas paralelas das bandeiras, são convergentes.
O movimento, normalmente seguido por um alto volume, precede a flâmula. Depois, o trader deve procurar uma consolidação dos preços no formato de triângulo. Durante a flâmula, o volume tende a diminuir, mas aumenta de forma significativa no rompimento.
Depois de identificar a flâmula, o investidor deve tomar decisões acertadas. Caso o rompimento ocorra na parte de cima, a tendência é de alta. Ao contrário, se romper na parte de baixo, a tendência é de queda.
É preciso se posicionar de forma estratégica. No mastro, é possível projetar a extensão considerando o ponto em que a flâmula se rompe — esse ponto serve para indicar um alvo estimado para a movimentação do preço. De qualquer maneira, é importante combinar a estratégia com outros indicadores para melhorar a precisão.
Quais outras figuras gráficas existem?
Existem outras figuras gráficas que o trader deve conhecer para fazer uma análise mais objetiva. Além da flâmula e da bandeira de Candlestick, existem as cunhas, os retângulos, os triângulos, as figuras de reversão. Veja um pouco mais sobre essas figuras gráficas:
- cunha: padrão que apresenta duas linhas convergentes de tendência, que podem ser ascendentes ou descendentes, sendo que uma linha é mais inclinada que a outra;
- retângulo: padrão que indica uma faixa de preços consolidados, com fundos e topos irregulares nos preços;
- triângulo: padrão que pode ser simétrico (duas linhas simétricas indicando que a entrada acontecerá depois que a figura se romper), ascendente ou de alta (indica alta no preço do ativo) e descendente ou de baixa (indica queda no preço do ativo).
As figuras de reversão são aquelas que indicam tendência de reversão no movimento de preços do ativo. Isso significa que, caso o movimento inicial aponte para cima, as figuras revelarão maior possibilidade de reversão, ou seja, de mudança no movimento. Essas figuras são o topo duplo, o fundo duplo, o OCO (Ombro-Cabeça-Ombro) e o OCOI (Ombro-Cabeça-Ombro Invertido).
Conhecendo melhor a flâmula e a bandeira de Candlestick, você pode identificá-las nos gráficos durante sua análise técnica e fazer um bom uso dos dados obtidos, de forma a reduzir as probabilidades de perdas e maximizar as de lucros.
Depois de se familiarizar com as figuras gráficas que indicam alta e baixas, vale a pena conhecer melhor as figuras gráficas de reversão e conferir como elas podem ajudar você em suas estratégias!
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