É crescente também o número de pessoas que estão investindo na Bolsa por conta própria, atuando diretamente por meio de home brokers. São os traders, gente que dedica parte do seu dia a transações de compra e venda de ativos na Bolsa.
Segundo Rodrigo Puga, sócio do banco digital Modalmais, líder no segmento de traders no Brasil, o erro mais básico de quem está começando é achar que vai enriquecer da noite para o dia.
Veja abaixo os erros mais comuns dos traders, segundo profissionais do mercado, e como evitá-los.
1º erro: não estudar
É verdade que para ser trader e mexer com o próprio dinheiro a pessoa não tem que ter um diploma de economia,
por exemplo. Mas daí a acreditar que basta ter algum conhecimento sobre investimentos para sair comprando e vendendo ações e outros ativos na Bolsa vai uma grande distância, alerta Puga.
É preciso buscar conhecimento, fazer cursos online, mesmo que gratuitos, acompanhar conteúdo de mercados.
2º erro: não gerenciar os riscos
Se a pessoa nem se deu ao trabalho de estudar o mercado financeiro antes de começar a colocar o próprio
dinheiro para girar, sequer vai saber o que é gerenciamento de risco.
Gerenciar é controlar quais riscos o investidor vai assumir. Para isso, ele deve ter respostas para questões como:
- Quanto tem para investir?
- Até quanto pode perder em um dia?
- Qual será a meta de ganhos no dia, na semana, no mês e no ano?
3º erro: ignorar simuladores
Colocar o próprio dinheiro em risco sem fazer muita simulação antes é um dos erros mais comuns de novatos, dizem traders mais experientes.
As melhores plataformas de investimentos oferecem simuladores que reproduzem em tempo real e com cotações verdadeiras o que está acontecendo na Bolsa. Deixar de usar essas ferramentas para fazer o gerenciamento de risco, por exemplo, é um pecado grave.
Afinal, será que aqueles limites que a pessoa se deu para perdas são adequados? E será que o trader novato tem agilidade para acompanhar o ritmo do mercado e executar as ordens no devido tempo? Essas questões podem ser respondidas com o treino nos simuladores.
4º erro: achar que a vida real é como o simulador
Ser um bom trader no simulador não é garantira de ser um bom trader no mundo real. Puga cita como exemplo
o caso de um bicampeão das corridas em games que estreou no automobilismo real em 2019 —sem pódios e com uma batida.
Mesmo que a pessoa tenha uma baita taxa de acerto no simulador, ao ir para o mercado real,
Mesmo que a pessoa tenha uma baita taxa de acerto no simulador, ao ir para o mercado real,
vai enfrentar a questão psicológica. Como ela reage quando o mercado está perdendo? Vai ficar torcendo para o preço voltar em vez de fazer o certo e encerrar a posição? E como vai reagir quando o mercado estiver em alta? Vai encerrar o dia e garantir o ganho, ou vai ficar muito ganancioso e colocar tudo a perder?
Rodrigo Puga, sócio do Modalmais
vai enfrentar a questão psicológica. Como ela reage quando o mercado está perdendo? Vai ficar torcendo para o preço voltar em vez de fazer o certo e encerrar a posição? E como vai reagir quando o mercado estiver em alta? Vai encerrar o dia e garantir o ganho, ou vai ficar muito ganancioso e colocar tudo a perder?
Rodrigo Puga, sócio do Modalmais
5º erro: começar com muito
O trader novato deve ser econômico no começo, exatamente por não saber como vai se comportar quando estiver investindo para valer. Inicie a vida de trader com uma parte pequena das reservas e, aos poucos e com o tempo, amplie o investimento.
O ganho da grande maioria dos traders não profissionais acontece mesmo é no longo prazo, na formação do patrimônio.
6º erro: iniciar pelo complicado
Traders novatos que começam a acertar muito no começo são tentados a buscar operações mais complexas. São negócios que oferecem potencial de ganho maior em menos tempo, mas também apresentam um risco de perdas
bem maior e em pouco tempo. Isso acaba quebrando a cara de muitos traders.
Dentre as operações complexas estão as com opções, muitas vezes combinando mais de uma transação em um mesmo negócio. A pessoa está confiante porque estudou bastante o assunto e sabe como os contratos funcionam. Ao
lançar as ordens, porém, descobre os detalhes —o que têm a ver com o sétimo erro.
7º erro: desconhecer diferença entre ordem e execução
Operações mais sofisticadas têm menos negócios, então quando o trader entra nelas, pode cair na armadilha de liquidez.
Como em toda operação, há duas pontas: quem está vendendo precisa de um comprador, e quem está comprando
precisa de um vendedor. Quando o outro lado demora a aparecer, há um problema.
Só nessa hora é que o trader novato vai descobrir que uma parte de sua operação foi realizada a um preço diferente daquele que ele havia planejado. Simplesmente porque, na hora em que o ativo chegou à cotação que
ele precisava para completar a transação, não havia gente do outro lado para fechar o negócio.
“É melhor evitar operações com mais de uma ‘perna’ em mercados que não têm tanta liquidez, porque isso pode gerar perdas”, diz Puga, do Modalmais.
Segundo ele, esse risco é um dos fatores que tem levado mais traders a migrar para os minicontratos, que
têm mais liquidez. São operações que exigem menos capital e que têm maior volume de participantes e de transações.
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