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O que fazer para se proteger da inflação alta? Descubra 5 maneiras!

Inflação alta

A inflação é um tema que preocupa muitas pessoas – principalmente, em países em desenvolvimento, como o Brasil, que têm apresentado alta inflacionária nos últimos tempos.

Diante desse cenário, é cada vez mais importante buscar formas de cuidar de suas economias, evitando a desvalorização de rendimentos e capital. Pensando nisso, elaboramos este artigo, onde apontamos as principais formas de se proteger da inflação. Acompanhe para saber mais!

O que é inflação?

Antes de tudo, é necessário compreender o que é esse fenômeno e de que forma ele atinge a sociedade nos mais variados setores.

A inflação é o termo econômico geralmente utilizado para designar o aumento generalizado e contínuo dos preços dos bens e serviços de uma economia. Com base nesse fenômeno, podemos perceber, por exemplo, que o custo de vida para pessoas e empresas ficou maior.

O fato de o preço da gasolina hoje ser mais caro do que era há 20 anos justifica-se pelo fenômeno inflacionário.

É importante compreender que, dentro de uma economia nacional, a inflação atinge todos os setores. Ou seja, ela não afeta apenas um bem ou serviço específico, mas praticamente todos os produtos comercializados.

Um ponto importante a se considerar é que quando é feito o cálculo da inflação, ele não considera apenas a variação absoluta no preço dos itens comercializados. Existe uma ponderação social.

Essa ponderação toma o peso que cada item apresenta no orçamento das famílias. Ou seja, leva-se em conta a importância que a elevação de preço tem no consumo da população.

Como funciona a inflação?

Talvez grande parte das pessoas não saiba, mas existem diversos fatores que podem fazer com que ocorra a inflação. A seguir, listamos os principais tipos de inflação.

Inflação de demanda

Esse tipo de inflação ocorre em função da regra básica de oferta e procura. Ou seja, quando determinado produto passa a ter uma grande demanda, é natural que o preço dele fique mais alto.

A inflação de demanda ocorre, principalmente, quando ocorre uma expansão do PIB (Produto Interno Bruto). Em situações como essa, há o aumento de investimentos, a redução no desemprego e a elevação de salário.

A abundância econômica resulta em maior demanda de bens e serviços, elevando seus preços. Nessas situações, embora os preços subam, geralmente não prejudicam o consumo doméstico.

Inflação de custo

Já a inflação de custo ocorre quando determinado país apresenta uma constância na demanda de bens e serviço, mas sofre com o aumento nos custos dessa produção.

Nesses casos, a inflação pode ser fruto do aumento do custo de matéria-prima, mão de obra, salários, taxas de juros etc. Uma vez que se torna mais custoso suprir a demanda, é natural que os preços dos bens e serviços ofertados subam.

Inflação inercial

Ao contrário dos modelos anteriores, a inflação inercial não está diretamente relacionada com a relação de oferta e demanda, mas à chamada memória inflacionária.

Nesse sentido, esse tipo de modelo inflacionário ocorre em função de mecanismos de indexação, ou seja, ferramentas que reajustam o valor das parcelas de determinados contratos com base na inflação do período anterior.

Por meio desse mecanismo, mesmo que não exista uma razão de oferta e demanda para o preço aumentar, ele continuará aumentando. Esse mecanismo pode ocorrer de duas maneiras:

  • formalmente — o preço é reajustado com base em regras específicas e legais de aumento, como aluguéis e mensalidades escolares;
  • informalmente — a variação acontece quando outros agentes são seguidores do preço, ou seja, quando aumentam o preço porque outros também o fizeram.

Quais são as consequências da inflação?

De maneira geral, a inflação gera incertezas relevantes na economia. Ela desestimula o investimento e acaba prejudicando o crescimento econômico.

É possível, ainda, ocorrer a distorção de preços, gerando ineficiência na economia. Além disso, as empresas perdem a noção dos preços relativos, o que dificulta avaliar se algo está caro ou barato.

Quem mais sofre com a inflação são as camadas mais baixas da sociedade, pois com menos acesso a instrumentos financeiros, ficam reféns da alta de preços, tendo baixas significativas na sua qualidade de vida.

Quais são os indicadores de inflação?

Existem alguns indicadores que permitem analisar o nível de inflação do país. A seguir, apontamos os principais e como funcionam. Confira!

IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o índice de inflação oficial no Brasil. É por meio dele que é avaliada a variação de preço de diversos itens fundamentais, como habitação, transporte, saúde, alimentação e educação.

IPA

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) analisa o mercado atacadista. Nesse sentido, ele reflete os preços antes de chegarem ao varejo. Produtos agropecuários e industriais são os principais considerados nesse índice.

INCC

Já o Índice Nacional de Preços da Construção Civil (INCC) avalia a variação ocorrida no mercado imobiliário. Os bens e serviços da construção civil são os principais produtos analisados por ele.

Como se proteger da inflação?

Você já deve ter percebido, por meio da leitura, que a inflação atinge diretamente todas as pessoas, nos mais diversos setores da sociedade. Com o mundo dos investimentos, isso não é diferente.

Nesse sentido, para poder se proteger do aumento de preços, é necessário buscar mecanismos que façam com que seu capital e rendimento não sofram desvalorização com a alta de preços.

Nem sempre essa é uma tarefa fácil, mas um bom caminho é buscar investimentos que apresentem um rendimento maior do que a variação de preço da inflação. Confira, a seguir, algumas possibilidades!

1. Tesouro IPCA

Um dos investimentos mais conservadores e, por essa razão, considerado um dos mais seguros é o Tesouro Direto. Essa modalidade consiste em adquirir títulos públicos emitidos pelo governo. Por serem vinculados ao Estado, o risco de inadimplência é extremamente baixo.

Atualmente, há no Tesouro Direto três títulos diferentes e, dentre eles, alguns podem incluir o pagamento de cupons semestrais. No caso do Tesouro IPCA, o mais indicado para proteção contra as oscilações da inflação, a rentabilidade do investimento será calculada com base no índice oficial da inflação. Além disso, é oferecida uma taxa fixa previamente acordada.

Quem opta por esse tipo de investimento tem acesso à rentabilidade oferecida no momento da compra do título se mantiver o investimento até seu vencimento.

2. LCI e LCA
Embora o Tesouro IPCA seja o investimento mais popular, quando o assunto é proteção contra a inflação, existem outras formas de se fazer o mesmo, investindo em produtos de renda fixa que também apresentam uma lógica de rentabilidade semelhante.

Nesse sentido, investir em Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) pode ser uma boa forma de proteger seu capital da desvalorização.

Esses investimentos contam com incentivo do governo federal, sendo isentos de Imposto de Renda. Em alguns títulos, o rendimento também é indexado ao IPCA, acrescido de uma taxa fixa. Apenas dessa forma, é garantido que a rentabilidade oferecida não perderá poder de compra diante da inflação.

Um ponto importante é que o investimento em Letras de Crédito tem garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), um seguro de até R$ 250 mil, caso a instituição que emitiu o título não honre com o pagamento da rentabilidade acordada, por motivos como falência, por exemplo.

3. Debêntures

Uma debênture é um título de dívida emitido por empresas que fornecem direito de crédito ao investidor. Nesse sentido, são valores mobiliários que representam a dívida de médio ou longo prazo de determinada companhia.

É uma das estratégias para que as empresas consigam capital para realizar determinado planejamento. Em vez de solicitar crédito em banco, ela emite títulos de dívida para obter seu financiamento.

Em geral, debêntures são investimentos de renda fixa. Mas existem também debêntures híbridas, com um componente pós-fixado e um prefixado simultaneamente. É um investimento que tende a remunerar a taxa prefixada acrescida de correção do IPCA.

4. Fundos de investimentos e ETFs

Outra dica para proteger seu capital da inflação é investir em fundos de investimentos e ETFs. É importante notar que essas opções oferecem mais risco do que as anteriores e, por isso, devem ser pensadas a médio e longo prazo.

Os fundos que investem em renda fixa indexada à inflação, sejam eles públicos ou privados, são uma boa opção, pois se propõem justamente a render sempre acima da inflação.

Também existem os Fundos de Índice (ETF), que buscam replicar determinado índice de variação. É possível encontrar ETFs pautados no IMA-B, que representa o desempenho de títulos públicos federais atrelados à inflação.

5. Moedas estrangeiras

Investir em moedas de países desenvolvidos também é uma boa estratégia para proteger seus investimentos da inflação. Moedas de economias mais desenvolvidas costumam ser mais estáveis.

Quem investiu em dólar em 2020, por exemplo, teve uma grande performance por conta da alta dessa moeda em relação ao real. Contudo, é importante ter maior cautela com esse tipo de investimento, pois ele pode ser politicamente manipulável.

Quais investimentos evitar?

Também é importante saber quais investimentos devem ser evitados quando o objetivo é superar a inflação. Alguns exemplos são:

  • poupança — a caderneta de poupança vem perdendo constantemente para a inflação. Por exemplo, em 2020, a poupança obteve ganho real (descontado a inflação) negativo: de -2,3%;
  • fundos DI com taxas altas — por serem atrelados ao CDI, esse tipo de fundo gera retorno muito semelhante ao desempenho da taxa básica de juros, a Selic. Para evitar que o poder de compra fique comprometido, é importante analisar não só o percentual da taxa Selic e da inflação acumulada no período, mas também os custos envolvidos no investimento, sendo o principal a ser considerado, a taxa de administração.

A inflação atinge diretamente o poder de compra da população, uma vez que indica a oscilação de preços de produtos e serviços dos mais diversos setores da sociedade. Para poder se proteger da alta nos preços, é necessário escolher investimentos que rendam acima dela.

Diante da crescente preocupação com a inflação, especialmente em países em desenvolvimento, como o Brasil, torna-se essencial adotar estratégias para resguardar as finanças e evitar a desvalorização de rendimentos e capital. Este artigo explora as principais maneiras de se proteger da inflação, destacando a importância de compreender esse fenômeno econômico e seu impacto generalizado nos preços de bens e serviços.

Abordamos também os diferentes tipos de inflação, desde a inflação de demanda, relacionada à oferta e procura, até a inflação inercial, impulsionada pela memória inflacionária. Ao explorar indicadores como o IPCA, IPA e INCC, oferecemos uma visão abrangente do cenário econômico. Para enfrentar esse desafio, sugerimos investimentos como Tesouro IPCA, LCI, LCA, Debêntures e Fundos de Investimentos, ressaltando a importância de evitar opções menos favoráveis, como poupança e fundos DI com taxas altas.

Proteger-se da inflação exige conhecimento financeiro e, nesse sentido, o modalmais se destaca ao oferecer segurança, estabilidade e suporte de profissionais especializados para ajudar na tomada de decisões financeiras mais informadas.

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