No mercado financeiro existem diversos termos que são importados dos Estados Unidos. Um dos mais conhecidos é o stop. Resumidamente, trata-se de uma ordem de compra ou venda que tem por objetivo encerrar uma operação, seja ela lucrativa ou não.
Sem uma ordem stop o investidor pode ter grandes problemas na hora de finalizar uma operação. Inclusive, ele pode acabar perdendo dinheiro devido a falta dela. Pensando na importância do assunto, resolvemos escrever este artigo.
Nele, mostraremos os tipos de ordem stop e como você pode se beneficiar delas. Continue lendo para saber mais!
O que é a ordem stop e quais são os principais tipos?
Como já mencionamos, a ordem stop tem como objetivo encerrar uma operação. Ela é, efetivamente, uma ordem cadastrada em um determinado nível de preço escolhido pelo próprio investidor. Isso pode ser feito no Home Broker ou na plataforma de investimentos.
Dessa forma, assim que o preço chegar no patamar escolhido a operação será finalizada automaticamente, proporcionando lucro ou prejuízo para o investidor. Na prática, temos tipos de ordem stop. Veja nos próximos tópicos!
Stop Loss
O Stop Loss é uma ordem de venda que será programada automaticamente quando o preço vai contra sua posição até determinado nível escolhido pelo próprio investidor. Por exemplo: imaginemos que você comprou ações 200 da empresa X por R$ 10,00. Em seguida, cadastre o seu stop loss em R$ 9,00.
Caso o preço chegue nesse patamar, as ações serão vendidas e você assumirá o prejuízo. O stop loss pode ser entendido como a perda limite para o investidor. Assim, o seu risco é consideravelmente reduzido, tendo em vista que você já calculou quanto poderia perder, caso o preço do ativo ande contra sua posição.
Afinal, na renda variável não há como determinar com 100% de certeza para que lado o preço vai. Mesmo que você faça todas as suas análises e existam confluência demonstrando a direção provável do ativo. Ainda assim, é possível que ocorra alguma situação que leve o preço para outro lado.
Nesse caso, o stop loss servirá como uma barreira de perda. Se o preço chegar até aquele patamar, automaticamente, você será removido da operação. Além disso, o stop loss pode ser acionado pela própria corretora. Isso acontece quando o prejuízo chega até determinado patamar do dinheiro disponível na conta.
Imagine que você tem R$ 1.000,00 na conta. Caso o prejuízo da operação atinja 40%, por exemplo, do montante a corretora encerrará a operação automaticamente. Isso é feito, inclusive, para proteger o investidor e evitar que ele perca todo dinheiro depositado.
Stop Gain
O stop não é uma ordem apenas para retirar o investidor de uma operação que deu errado. Existe um tipo que é cadastrado para encerrar o investimento quando o preço chega em um patamar de lucro determinado pelo investidor. Afinal, o ativo não valoriza ou desvaloriza para sempre e, em determinado momento, é natural que ele retorne para fazer uma correção.
Por exemplo, pense que você comprou determinado número de ações por R$15,00. Rapidamente, o preço sobe para R$ 16,00. Assim, para evitar deixar uma operação positiva retornar e ficar no prejuízo você insere a sua ordem stop em R$ 15,50. Ou seja, R$ 0,50 acima da entrada. Caso o preço volte a esse patamar, você será retirado da operação, mas terá lucro.
Stop Móvel
O stop móvel é uma estratégia que tem por objetivo ajustar a ordem à medida que o preço anda na sua direção. Por exemplo, imagine a mesma operação que mencionamos anteriormente. No primeiro momento, o stop gain é cadastrado em R$ 15,50. Imagine que nesse instante a cotação dessa ação está em R$ 16,00.
Minutos depois, o preço evoluiu para R$ 16,15. Logo, o seu stop gain pode ser alterado, subindo um pouco para garantir mais lucro. Por exemplo, em R$ 15,85, subindo a ordem a medida que o preço também valoriza.
O Stop móvel também pode ser feito manualmente. Mas, nesse caso, o investidor precisa ficar na tela alterando a ordem sempre que ocorrer uma oscilação no preço.
Como utilizar o stop na prática?
Entendido o conceito de stop e os principais tipos é importante entender como funciona esse processo na prática. Atualmente, o cadastramento de ordens stop pode ser totalmente automatizado. Principalmente, quem utiliza plataformas de investimento mais avançadas.
Elas podem ser inseridas diretamente no Home Broker da corretora. Mas, é importante ter em mente que nesse caso a ordem será fixa. Algumas ferramentas oferecem funções interessantes no uso do stop. Principalmente, no último tipo que mencionamos anteriormente.
Assim, você cadastra a distância que deseja manter o seu stop do preço. À medida que ele evolui a seu favor, a ordem caminha automaticamente. Caso ocorra uma correção e o preço chegue na última que foi cadastrada ele será acionado e você será removido da operação.
Quais são os riscos de não utilizar a ordem stop?
Não utilizar a ordem stop pode trazer grandes riscos para o investidor. Principalmente, no caso da perda. Dependendo do movimento, é possível perder muito dinheiro com a desvalorização de alguns ativos. Além disso, o cadastramento de ordens de stop gain também são importantes.
Isso porque, uma operação positiva pode ser revertida e gerar prejuízos para o investidor. Muitas pessoas não inserem essa ordem acreditando que o preço voltará a andar a seu favor. Quando isso acontece, toda análise realizada é desconfigurada e você deixa de ser um investidor e passa a ser um torcedor. Assim, ficando à mercê da sorte.
Muitas pessoas acabam sendo excluídas do mercado financeiro nesse momento em que desiste de utilizar as ordens stop. Principalmente, quem atua com operações especulativas com o Day Trade. Elas são muito úteis, principalmente, em dias de fúria que ocorrem grandes oscilações no preço de alguns ativos.
Por fim, é importante ter em mente que independentemente da sua posição no mercado financeiro o stop precisa ser inserido. Ele é uma forma muito útil de proteger seu capital, facilitando o entendimento dos riscos inerentes em cada tipo de operação.
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