À medida que as pessoas estão conhecendo e se interessando mais sobre o mercado financeiro, também cresce o interesse de muitos para iniciar no universo dos investimentos. E consequentemente, também surge a necessidade de entender a importância de compor uma carteira diversificada.

Investir seu dinheiro em apenas uma classe de ativos pode significar um risco realmente muito alto, que já é conhecido dentre os investidores. Pensando na importância do assunto, resolvemos elaborar este conteúdo explicando melhor como isso funciona.

Além de aprofundar um pouco mais no conceito de diversificação de patrimônio, mostraremos por que é tão importante priorizar e investir dessa forma. Continue lendo!

O que é uma carteira diversificada?

Você já ouviu aquele ditado: “nunca coloque todos os ovos em uma única cesta”, certo? Afinal, se a cesta cair no chão, todos os ovos podem quebrar. O mercado financeiro funciona basicamente dessa mesma forma. A diversificação é um conceito que pressupõe a divisão do seu capital.

Dessa forma, o foco é garantir que oscilações pontuais em um ou mais mercados não afetem significativamente o seu patrimônio que foi aplicado. Além disso, a diversificação de aplicações também proporciona ao investidor experimentar diversas taxas de rentabilidade atreladas a diferentes índices.

Apesar de termos evoluído muito nesse assunto nos últimos anos, o Brasil ainda está engatinhando quando o assunto é investimento. Nos Estados Unidos, mais de 60% das pessoas investem seu capital em alguma das Bolsas de Valores existentes no país.

Logo, a diversificação já deve ser um conceito comum para eles. Mas, para os brasileiros, ainda se trata de um grande tabu a ser quebrado. A falta de conhecimento e o medo do risco fazem com que muitas pessoas insistam em manter o seu dinheiro na poupança.

A ideia fantasiosa de que estão protegendo o seu capital contribui para isso acontecer. Eles não sabem que, na verdade, também estão se arriscando. Principalmente, perdendo oportunidade de ter boas rentabilidades, bem como deixando que a corrosão da inflação reduza a capacidade de compra do seu patrimônio.

Nesse cenário, a diversificação surge como uma alternativa interessante para tirar essas pessoas desse tipo de investimento de baixo valor, trazendo-os para um mercado mais lucrativo e que pode ter um grau de risco equivalente.

Qual é a importância de ter uma carteira diversificada?

Para você entender o porquê de ter uma carteira diversificada, mostraremos a importância desse processo, apresentando seus principais benefícios. Continue lendo!

REDUÇÃO DE RISCOS
O primeiro ponto que devemos considerar é a redução de riscos. Em outro momento deste conteúdo, mostraremos que esse seria um dos principais motivos para que você fizesse a diversificação da sua carteira. Mas como isso ocorre?

Inicialmente, vamos imaginar a seguinte situação: suponhamos que você coloque 90% do seu capital em um ativo de renda fixa de um banco. Para agregar mais ao nosso exemplo, teremos a informação de que esse investimento não possui garantia do FGC.

Agora, por algum motivo, imagine que esse ativo perde bruscamente o seu valor, fazendo com que você perdesse a maior parte do dinheiro investido. Qual seria o impacto desse movimento negativo no patrimônio desse investidor? Imaginando que ele tem 90% do seu capital investido nesse ativo, podemos afirmar que ele perdeu quase tudo. Mas, se apenas 15% estive alocado, o impacto seria consideravelmente menor.

Justamente isso que a diversificação de investimento faz em uma carteira. Ela evita que eventuais movimentações bruscas de um ativo comprometam todo seu patrimônio. Outro benefício interessante de ser mencionado é a maximização de retornos. Ao fracionar suas aplicações, você mescla entre ativos mais arriscados e com uma rentabilidade maior, bem como outros mais seguros que remuneram a uma taxa reduzida.

Assim, o somatório de todas as aplicações gerará um percentual de retorno otimizado em seu capital. Dessa forma, você não fica preso a uma taxa de rentabilidade fixa, tendo a oportunidade de variar bastante o retorno sobre o capital total investido.

EQUILÍBRIO
Com base nesses dois benefícios já mencionados, podemos entender que a diversificação de investimentos proporciona equilíbrio à sua carteira. Em outras palavras, você não estará tão exposto aos movimentos do mercado. Mas, por outro lado, evitará as baixas taxas de rentabilidade de alguns ativos.

Ter uma carteira de investimentos equilibrada contribui para o crescimento do seu capital ao longo do tempo. Além disso, esse fenômeno ocorrerá com toda segurança e a rentabilidade que você deseja.

VARIEDADE DE ATIVOS
Por fim, ao apostar em uma estratégia de carteira diversificada, você pode contar com uma ampla variedade de ativos. Quem não fraciona seu capital pode ficar preso a um ou dois investimentos.

Já na diversificação, você pode aproveitar toda amplitude de ativos que existem no mercado financeiro, dividindo entre os ativos de renda fixa – como Tesouro Direto, CDB, LCI, LCA etc. –, bem como os de renda variável – como Ações, Fundos de Investimento, Commodities, Mercado Futuro etc.

Como montar uma carteira diversificada?

Agora que você entendeu a importância de diversificar seus investimentos, mostraremos algumas dicas simples para fazer isso. Continue lendo!

DESCUBRA O SEU PERFIL DE INVESTIDOR
O primeiro passo é definir o seu perfil de investidor. Essa é uma das tarefas principais e que fará toda diferença no nível de risco que você pretende assumir, bem como na rentabilidade dos seus ativos. Basicamente, nós temos três tipos diferentes.

O primeiro é o conservador. Esse não tem apetite ao risco e prefere manter suas aplicações quase totalmente focadas na renda fixa. No lado oposto, temos o arrojado, que é um perfil que tem mais experiência e conhecimento de mercado. Logo, ele pode focar nos ativos de renda variável. No meio de ambos os perfis, temos o moderado. Esse compreende a maioria dos investidores iniciantes. Nesse caso, ele não é tão conservador a ponto de deixar todos os seus ativos na renda fixa.

Contudo, não tem tanto conhecimento de mercado a ponto de se dedicar mais à renda variável. Desse modo, ele fraciona suas aplicações de acordo com o grau de risco que suporta, sem abrir mão de ter uma boa rentabilidade.

DEFINA SEUS OBJETIVOS FINANCEIROS
Outro ponto importante é a definição dos seus  objetivos financeiros. Ao investir em alguns ativos, o seu patrimônio pode ficar retido durante alguns meses, ou até anos, em alguns casos, especialmente, em investimentos de renda fixa.
Por isso, você deve ter objetivos muito bem definidos. Por exemplo, se investir em um ativo e depois precisar do dinheiro, pode ter problemas com isso. Enfim, os seus investimentos devem estar completamente alinhados com os seus objetivos.

FIXE O PRAZO DOS INVESTIMENTOS
Outro assunto que tem relação com os objetivos financeiros é a definição de prazos dos investimentos. Esse elemento impactará diretamente na rentabilidade dos seus investimentos e, até mesmo, nos riscos.

Quanto mais tempo uma aplicação é mantida, ela será menos arriscada. Por exemplo, uma das modalidades de operação com maior risco é o  Day Trade. Nesse caso, elas começam e finalizam em um mesmo dia.

Por outro lado, ao adquirir um ativo e se manter nele por mais tempo, o risco é reduzido, e eventuais quedas bruscas que podem ocorrer em um dia não impactarão seu patrimônio. Por isso, essa é outra definição que você deve conhecer.

SELECIONE OS ATIVOS
Com base no seu perfil, nos objetivos financeiros e na escolha do prazo, você passará para a próxima etapa. Nesse caso, será a escolha dos ativos. Como estamos tratando de uma carteira de investimento diversificada, é importante que você mescle entre diversas classes.

Ou seja, é interessante ter ativos de renda fixa e variável. Porém, também é importante diversificar dentro de cada classe – por exemplo, ações de várias empresas, commodities, títulos do Tesouro Direto, CDBs de diversos bancos etc.

ESTABELEÇA OS PERCENTUAIS DO PATRIMÔNIO EM CADA ATIVO
Enfim, você deve estabelecer os percentuais que serão aplicados em cada ativo. Essa definição é feita com base em seu perfil de investidor. Por exemplo, os mais arrojados podem centralizar a maior parte na renda variável.

Já os moderados ou conservadores podem preferir os ativos de renda fixa com maior intensidade. A definição exata do percentual deve ser individual. Cada investidor tem necessidades e objetivos diferentes, aplicando percentuais distintos nos casos específicos.

CONTE COM AJUDA PROFISSIONAL
Por fim, para ter uma carteira de investimentos diversificada, você pode contar com a ajuda de um profissional chamado assessor de investimentos. Basicamente, é uma pessoa que já conhece todos os meandros do mercado financeiro e pode dar orientações de como investir melhor o seu capital.

Esse profissional tem conhecimento suficiente para entender o seu perfil de investidor, bem como seus objetivos financeiros, para, assim, oferecer as melhores aplicações para cada caso. Durante anos, ter uma assessoria de investimentos desse tipo foi algo restrito a grandes investidores. Mas isso tem mudado muito nos últimos tempos. Atualmente, as próprias corretoras ou os bancos de investimentos já disponibilizam esse tipo de profissional para seu cliente.

Dessa forma, eles vêm se tornando mais acessíveis, tornando o universo dos investimentos mais democrático, abrindo as portas dele para todo tipo de perfil.

Por fim, podemos concluir que montar uma carteira diversificada não é tão complicado quanto parece. Ao definir bem seus objetivos e alinhá-los com o seu perfil de investidor, você terá tudo para tomar decisões mais assertivas em suas aplicações.