Blog do modalmais

Mercado Internacional: como e por que investir no exterior

Você já pensou em investir no mercado internacional? Acredita que para isso é preciso ter muito conhecimento, se comunicar em outro idioma, ou abrir uma conta em uma corretora em outro país? Se isso passa pela sua cabeça, acredite, existe um grande engano nesse pensamento.

Não é segredo para ninguém que o mercado financeiro tem evoluído muito no mundo inteiro. Com isso, ativos que eram inacessíveis no passado passaram a fazer parte da vida das pessoas que investem.

Neste artigo, mostraremos como funciona o mercado internacional. Além disso, você descobrirá como é simples investir nesse mercado. Continue lendo!

O que é o investimento no mercado internacional e como eles funcionam?

Basicamente, um investimento internacional é aquele em que o investidor expõe seu capital à movimentação de ativos que estão em bolsas de valores de outros países. Essa exposição pode ser direta ou indireta.

Uma exposição direta ao mercado internacional seria o método mais tradicional e, consequentemente, o primeiro que vem à mente das pessoas. Ou seja, abrir a conta em uma corretora estrangeira, enviar dinheiro para ela e fazer os aportes. Falaremos mais sobre essa modalidade em outro tópico deste artigo.

Por outro lado, temos o investimento internacional indireto. Nesse caso, também existe a exposição ao mercado externo. Contudo, a aplicação é feita dentro do próprio país por meio da Bolsa de Valores do Brasil, a B3. Nesse caso, o investimento é executado em moeda nacional.

Quais são as vantagens de investir no exterior?

Agora que você entendeu o que são os investimentos no exterior e como eles funcionam, mostraremos os benefícios que podem ser proporcionados.

Diversificação

Sem dúvidas, o principal benefício que podemos destacar é a diversificação da carteira de investimentos. No mercado financeiro existe uma máxima que preceitua: “nunca coloque todos os ovos na mesma cesta”.

Isso porque, se ela cair no chão você pode perder todos os ovos. Com o investimento funciona da mesma forma. Porém, os ovos representam o seu dinheiro e a cesta o ativo financeiro. Ao pulverizar os seus aportes você evita perder um grande percentual do seu dinheiro, caso ocorra uma queda brusca em determinado mercado.

Vamos ilustrar essa situação com um exemplo. Suponhamos que um investidor A, após anos fazendo reserva financeira, você alcançou um patrimônio de R$ 100.000,00 e resolveu alocar todo seu capital na empresa XYZ S.A.

Já o investidor B também tem os mesmos R$ 100.000,00 e também investiu nessa mesma empresa. Porém, em vez de colocar todo seu patrimônio nela, ele utilizou uma estratégia de diversificação e alocou apenas R$ 10.000,00.

Em determinado momento, a empresa XYZ S.A. passou por uma dificuldade financeira e foi liquidada. Ou seja, quebrou e fechou as portas. O investidor A perdeu todo seu capital nesta operação. Já o B perdeu apenas 10%.

Ainda que seja uma quantia significativa para o investidor B ele ainda possuía os R$ 90.000,00 aplicados em outros ativos. Imagine que esse montante ofereceu a ele uma rentabilidade de R$ 10.000,00 no período. Assim, o prejuízo pela compra das ações da XYZ foi absorvido pelo rendimento dos demais investimentos.

Obviamente, esse é apenas um exemplo hipotético para que você possa entender como a diversificação de investimentos é importante em uma estratégia. Com o mercado internacional, você tem a chance de ter uma gama maior de ativos à sua disposição.

Aumento da rentabilidade e redução de riscos

Outro benefício que o investimento internacional pode proporcionar é o aumento da rentabilidade. Ao se expor ao mercado externo você pode aproveitar grandes movimentações que ocorrem apenas em determinados países e lucrar muito com isso.

Por outro lado, toda pulverização do patrimônio e a rentabilidade elevada que é obtida nesse tipo de processo permite ao investidor reduzir os seus riscos. Assim, tornando os seus investimentos mais seguros ao longo do tempo.

Descorrelação da carteira como mercado nacional

Outro evento importante sobre o investimento no mercado internacional é a descorrelação com o mercado nacional de parte da sua carteira de investimentos. Isso significa que suas aplicações, quando feitas em ativos estrangeiros, se comportarão de forma diferente dos investimentos feitos no país.

Um cenário muito comum no universo dos investimentos é a falsa diversificação. Ela acontece quando o investidor faz aportes em alternativas diferentes de aplicação dentro de um mesmo mercado.

Por exemplo, uma pessoa pode acreditar em diversificar suas aplicações investindo em várias empresas do setor bancário. Apesar de serem ações totalmente distintas elas pertencem a um mesmo segmento. Se acontecer algum fator que interfira neste mercado em específico toda sua carteira será prejudicada.

Assim, pode acontecer o mesmo ao apostar todo seu patrimônio em ativos exclusivamente brasileiros. Isso porque, eventuais problemas internos interferirão diretamente na rentabilidade das suas aplicações.

Por outro lado, se você investe em outros mercados, as oscilações locais não causarão nenhum tipo de interferência naqueles ativos. Contudo, essa máxima não pode ser percebida em situações que interferem o mundo como um todo.

Por exemplo, durante a pandemia todos os ativos do mundo sofreram uma grande baixa. Afinal, foi algo que atingiu o mundo inteiro. Nesses casos, a descorrelação da carteira não é aplicada.

Dolarização de carteira

Os Estados Unidos da América é o país mais procurado quando o assunto é investimento no exterior. Isso porque, o mercado financeiro americano é um dos mais sólidos e diversificados. Contudo, um dos motivos principais para isso acontecer é a força que o dólar possui na economia mundial.

Mesmo que a moeda norte-americana não esteja em seus melhores momentos, ela ainda é vista como um “porto seguro”, principalmente, para os brasileiros. Isso porque, historicamente, o dólar é uma moeda mais forte que o real.

Por esse motivo, ele não está atrelado às instabilidades econômicas e políticas que têm rondado nosso país nos últimos meses. Mesmo em um dia de fúria no mercado, com bancos americanos quebrando em um movimento nunca antes visto a moeda ainda valorizou em relação ao real.

Ao investir em ativos estrangeiros você estará se expondo a essa moeda. Mesmo que a aquisição dos títulos tenha acontecido no Brasil ainda com o real, ainda será possível aproveitar toda força e estabilidade do dólar americano.

Como investir no exterior?

Agora que você entendeu como o investimento no exterior funciona nós mostraremos algumas opções para colocar essa estratégia em prática. Continue lendo!

Fundos de investimento

A primeira opção para investir no exterior são os fundos de investimento. Atualmente, por meio da Bolsa de Valores brasileira você tem acesso aos fundos cambiais que investem diretamente na moeda estrangeira.

Além disso, também temos os fundos de ações ou os multimercados que aportam a maior parte do seu capital em papéis de empresas internacionais. Essa é somente uma das primeiras oportunidades de investir em outros países sem mandar dinheiro para fora.

EFTs

Além de alguns fundos de investimento, na Bolsa de Valores brasileira nós temos os ETFs. Eles são uma replicação dos movimentos de índices de bolsas estrangeiras. Assim como nós temos o nosso Ibovespa, os países também têm seus indicadores econômicos e eles podem ser operados da mesma forma que ocorre em nosso país.

Assim, os ETFs também são uma espécie de fundo de investimento que centraliza o seu patrimônio na aplicação desses índices. A gestão desses fundos é passiva, acompanhando a posição que é determinada pelo indicador estrangeiro. Assim, as alocações podem ocorrer em ações ou ativos de renda fixa do país.

BDRs

Outra modalidade de investimento bem conhecida no Brasil são os BDRs, que é a sigla em inglês para designar o termo Brazilian Depositary Receipts. Basicamente, esses são títulos negociados na B3, mas que “replicam” as ações e empresas estrangeiras.

Por meio dos BDRs você pode aproveitar o movimento de empresas como Google, Apple, Amazon, Coca Cola sem ter que investir diretamente nas bolsas que essas companhias estão listadas. A B3 tem centenas de BDRs listados e todo investidor pode ter acesso a eles.

COEs

Os investidores que têm um perfil mais moderado também podem aplicar no mercado internacional com segurança. Isso é feito por meio dos Certificados de Operações Estruturadas (COEs). Eles são uma espécie de investimento que une a renda fixa e a variável na mesma alternativa.

Eles são emitidos por corretoras ou banco de investimentos e têm o seu retorno atrelado ao conjunto de ativos ou derivativos que foram adquiridos. Nessas aplicações existem ativos como ações, moedas, índices e títulos de renda fixa nacionais e, principalmente, internacionais.

Investimento direto

Por fim, nós temos o investimento direto no mercado internacional. Essa é a forma mais simples de investir em outro país, contudo, demanda alguns conhecimentos mais aprofundados. Inicialmente, nós temos a barreira do idioma.

Até existem algumas corretoras internacionais que têm atendimento em português. Contudo, todos os documentos das empresas, informações e notícias que envolvem o mercado que se pretende atuar são divulgados na língua do país.

O máximo que você vai encontrar são informações traduzidas e publicadas originalmente em inglês, por se tratar de um idioma falado em todo mundo. Sabemos que o Brasil é um país em que as pessoas não têm muito contato com outros idiomas.

Além disso, o investidor que pretende investir diretamente no exterior precisa ter em mente que ele terá custos adicionais. Enviar dinheiro para fora exige o pagamento de tributos e taxas, além de algumas burocracias complexas.

Apesar dessas desvantagens, o investimento direto pode ter seus benefícios. Um deles, é a possibilidade de controlar todo patrimônio investido e não depender da gestão de um fundo, por exemplo.

O que considerar antes de investir no exterior?

Agora que você já sabe todas as características e como investir no mercado exterior nós precisamos tocar em um ponto muito importante. Ou seja, o que deve ser feito antes de fazer qualquer tipo de aporte nesses mercados. Continue lendo!

Avalie o seu perfil de investidor

Antes de fazer qualquer aporte você precisa avaliar com cautela o seu perfil de investidor. Pessoas que têm total aversão ao risco podem ficar desconfortáveis ao aplicar dinheiro em outros países. Assim, acabam tomando decisões precipitadas que podem trazer prejuízos para a carteira.

Se esse for o caso, tente estudar um pouco mais até buscar a confiança necessária para fazer esse tipo de aplicação. Contudo, mesmo investindo apenas no Brasil jamais esqueça da importância de diversificar.

Tenha conta em uma corretora ou banco de investimentos de confiança

Outra dica importante é escolher uma corretora ou banco de investimento de confiança. Esse passo é importante por duas razões. Primeiro, para evitar que você caia em golpes. Segundo, para que você tenha acesso a todos os ativos estrangeiros que são movimentados na Bolsa de Valores brasileira.

Também é importante fazer um alerta sobre possíveis fraudes que podem existir nesse mercado. Se alguma pessoa ou empresa oferecer oportunidades de investimento no exterior é fundamental procurar saber um pouco mais.

Apenas instituições habilitadas pela CVM podem intermediar investimentos. Por isso, o ideal é sempre preferir por bancos de investimentos como o modalmais. Afinal, essas organizações já são conhecidas em todo país e têm uma tradição consolidada no mercado financeiro nacional.

Utilize um percentual reduzido do seu patrimônio ao investir no exterior

Por fim, é importante que você utilize um percentual reduzido do seu patrimônio para investir no exterior. É muito comum que as pessoas conheçam essa possibilidade e já desejam enviar todo patrimônio para essa modalidade.

Sempre lembre-se do conceito da falsa diversificação que mencionamos anteriormente. O seu capital deve ser fracionado em diversas aplicações de mercados distintos e não focar apenas em um país ou segmento. Ao apostar 100% do seu patrimônio em um único país você correrá um risco desnecessário, além de não aproveitar outras oportunidades que existem em determinados locais do mundo.

Por fim, nós concluímos afirmando que o mercado internacional, de fato, pode trazer grandes oportunidades para o investidor. Porém, é extremamente importante entender que os resultados só virão se ele fizer a tarefa corretamente. Ou seja, estudando sobre o mercado, analisando o risco e, principalmente, seguindo o seu plano de investimentos.

Gostou do conteúdo? Então, assine agora mesmo nossa newsletter. e receba em tempo real todos os artigos lançados!

Ainda não é Cliente? Abra a sua conta no modalmais

Siga o Blog modalmais no Telegram.

close

Seja notificado quando sair novos conteúdos.