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Mercado de Balcão (OTC): o que é e como operar?




O setor financeiro esconde excelentes oportunidades para quem tiver olhos atentos e não hesitar em aumentar os seus conhecimentos sobre o ramo. Isso explica, inclusive, por que tantos brasileiros estão deixando a poupança para trás e começando a fazer os seus investimentos. Nesse contexto, saber o que é mercado de balcão pode ser muito importante.

Também conhecido pela sigla OTC, que deriva do inglês, é um ambiente que abre um novo leque de possibilidades, que podem ser bastante interessantes para alguns perfis, unindo títulos e valores imobiliários que podem apresentar uma rentabilidade muito boa. Continue sua leitura e aprenda mais sobre o assunto.

O que é o Mercado de Balcão?

O mercado de balcão, também conhecido pela sigla OTC, que significa Over The Counter, e é traduzido livremente para em cima do balcão, é um ambiente no qual as negociações de títulos e valores mobiliários ocorrem fora do pregão da bolsa de valores. Por isso, ganhou esse nome, em uma analogia a acordos feitos diretamente com um gerente ou vendedor.

Na prática, o nosso mercado de balcão é onde são transacionados os ativos e títulos que não estão registrados na B3, a bolsa brasileira. Isso confere maior flexibilidade, mas ainda existem regulamentações, uma vez que a operação precisa seguir as regras da SOMA (Sociedade Operadora de Mercado de Ativos) e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Como funciona o Mercado de Balcão?

O funcionamento do mercado de balcão conta com algumas características peculiares. Via de regra, o que chama mais a atenção é que ocorre de maneira menos centralizada e, consequentemente, com menor burocracia, sobretudo por permitir negociações mais diretas entre os interessados e os portadores de títulos, ativos, ações, cotas e bitcoins, por exemplo.

Mesmo com regulamentações, não há tanto controle como nas transações tradicionais da nossa bolsa de valores, a B3. Aliás, nesse contexto, vale ressaltar que temos o mercado de balcão organizado e o não organizado, como explicaremos mais abaixo. Quem é responsável pela intermediação das transações são as corretoras, por meio de suas plataformas de negociação, sendo o home broker ou aplicativos.

Por outro lado, é preciso ter em mente que toda essa facilidade e flexibilidade costuma ser acompanhada por mais volatilidade e menos liquidez, o que é mais recomendável para quem tem um perfil arrojado e alta tolerância ao risco. No entanto, quando as coisas andam bem, o resultado costuma vir em forma de operações extremamente lucrativas.

O Mercado de Balcão é regulamentado no Brasil?

Ao contrário do que algumas pessoas poderiam supor, o mercado de balcão é totalmente regulamentado e autorizado no Brasil. Como dissemos, o OTC segue as regras da SOMA (Sociedade Operadora de Mercado de Ativos) e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), duas instituições que primam pela segurança e seriedade no setor em nosso país.

Vale ressaltar também que existem outras entidades que contribuem para a proteção do ambiente, como a CETIP (Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados), que responde por um grande percentual das operações eletrônicas por aqui. Isso proporciona mais transparência e seguridade institucional para os investidores.

O que pode ser negociado no Mercado de Balcão?

Depois de entender melhor o conceito de OTC e compreender o funcionamento de um mercado de balcão, é bastante provável que você esteja cogitando começar a fazer investimentos no ambiente, não é mesmo? No entanto, para isso, é fundamental descobrir quais são os produtos que podem ser negociados de tal maneira.

Um dos grandes benefícios do mercado de balcão é que ele conta com uma excelente variedade de títulos. Existem alternativas das mais tradicionais, como ações, títulos imobiliários e cotas de fundos de investimento, até aos mais modernos, como criptomoedas e outros valores devidamente autorizados pela CVM.

Qual a diferença do Mercado de Balcão e da Bolsa?

Se você chegou até aqui, você percebeu que muitos dos produtos disponibilizados no mercado de balcão também estão presentes na bolsa de valores tradicional. No entanto, embora o tipo de ativo seja similar, eles não são das mesmas empresas e origens. Isso ocorre, sobretudo, em função das exigências e regulamentações que são impostas para entrar na B3.

Disponibilizar investimentos em OTC é muito mais simples, pois não é preciso se adequar a uma série de práticas de governança corporativa e outras burocracias. No mercado de balcão, a flexibilidade é maior, não há intermediários e nem tantas exigências para a participação de companhias, o que abre espaço para as empresas de menor porte.

Quais os tipos de Mercado de Balcão?

Você já entendeu melhor o conceito do mercado de balcão, mas chegou a hora de compreender que ele pode ser aplicado de maneiras diferentes. Por isso, o ambiente para realizar operações que não estão registradas na B3 conta com dois tipos distintos, que se dividem em organizado e não organizado. Veja, a seguir, suas características.

MERCADO DE BALCÃO ORGANIZADO
O mercado de balcão organizado, que também costuma ser chamado de OTC regulamentado, é uma espécie de etapa de adaptação para empresas que desejam disponibilizar seus ativos dentro do ambiente da bolsa de valores. Aqui, todas as operações precisam ser devidamente registradas pela Sociedade Operadora de Mercado de Ativos.

Apesar de ser uma etapa a mais, isso não impõe outras burocracias mais severas, como auditorias e atualizações constantes de informações. Além disso, existe uma intermediação, embora menos intensa, por parte de bancos de investimentos e outras instituições do mercado, o que demanda a formalização das transações em uma câmara de registro.

MERCADO DE BALCÃO NÃO ORGANIZADO
O mercado de balcão não organizado é um dos segmentos que mais vêm chamando a atenção dos investidores brasileiros, exatamente por oferecer a possibilidade de uma rentabilidade mais significativa. Entretanto, é lógico que isso vem com um risco a mais, tendo em vista que neste tipo de mercado OTC não é exigido o registro das transações efetuadas.

Inclusive, vale lembrar que até o ano de 1996, que foi quando a SOMA foi criada, este era o único formato de mercado de balcão. Na prática, isso significa que o ambiente não conta com a supervisão de uma instituição reguladora, o que pode ser danoso para os menos experientes no setor e gera menos transparência em relação aos preços ou volumes transacionados.

Vale a pena operar no Mercado de Balcão?

A grande pergunta que você deve estar se fazendo é: vale a pena operar no mercado de balcão? No entanto, não há uma resposta definitiva, tendo em vista que, como ocorre com qualquer modalidade de investimentos, existem vantagens e desvantagens. No setor financeiro, é sempre recomendável medir os prós e contras antes de qualquer decisão.

O ponto é que, se você tem apetite pelo risco e deseja grandes lucros, destinar parte da sua carteira para o OTC pode ser uma possibilidade interessante. A facilidade para investir é tremenda e você contará com uma grande variedade de produtos disponíveis, encontrando empresas menores e com alto potencial, sem burocracias, intermediários ou taxas.

Como operar no Mercado de Balcão?

Para concluir o conteúdo, não poderíamos deixar de oferecer algumas dicas práticas para o investidor que deseja diversificar sua carteira e não ficar apenas em produtos tradicionais, como o Tesouro Direto ou ações de grandes companhias. Para ter sucesso no ambiente de OTC, é preciso tomar alguns cuidados. Acompanhe.

APRENDA SOBRE O MERCADO DE BALCÃO
O primeiro passo para operar no mercado de balcão é conhecê-lo cada vez melhor. No conteúdo de hoje, pudemos aprender muito mais sobre o OTC, mas o fato é que os conhecimentos do setor financeiro estão em constante evolução e você não deve nunca deixar de estudar, pesquisar e, se possível, contar com ajuda especializada.
A flexibilidade e pouca burocracia das transações podem ser bastante convidativas, notadamente se você está procurando negociações de ativos de forma mais personalizada. Porém, com a regulamentação menos intensa, o investidor precisará contar com boas doses de estratégia, habilidade e frieza para ter sucesso.

CONHEÇA OS DIFERENTES TIPOS DE ORDEM
Você ainda não deve saber, mas existem diferentes tipos de ordem do mercado de balcão. Por isso, é imprescindível reconhecê-las, até para ter uma tomada de decisão mais adequada. A ordem limitada, por exemplo, é aquela que pode ser executada apenas por um preço que seja igual ou melhor que o previamente definido pelos clientes.

Já a de mercado discorre apenas sobre as quantidades e características dos ativos, sendo executada a partir do momento em que chega ao intermediário. A ordem administrada define tanto características quanto quantidades, enquanto a casada reúne ordens de compra a uma de venda, fazendo com que a transação só ocorra quando ambas forem executadas.

CONTE COM UM BANCO DE INVESTIMENTOS
Você já cogitou contar com um bom banco de investimentos ao seu lado na hora de fazer suas aplicações, inclusive no mercado de balcão? Caso você ainda não tenha um auxílio do tipo, é hora de repensar suas escolhas. Uma instituição com expertise em gestão e administração de ativos diferenciados pode melhorar consideravelmente os seus resultados.

Somente os profissionais experientes do ramo poderão estruturar, coordenar e realinhar seu portfólio, sempre em sintonia com suas possibilidades, interesses e objetivos. Trata-se de algo fundamental para o desenvolvimento rápido de produtos, sobretudo com o uso de serviços customizados às suas demandas e principais necessidades.

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