O mercado financeiro está entrelaçado com os acontecimentos mundiais. Ou seja, ações que estejam supervalorizadas em um dia podem cair consideravelmente em questão de segundos. Portanto, o gerenciamento de risco é fundamental para você evitar perdas, tendo sempre um plano B nas mangas.
Com um planejamento impecável e tomadas de decisões certeiras, é possível contornar inúmeros tipos de influências, contribuindo com a saúde financeira da sua empresa. Quer se aprofundar no assunto? Então continue lendo este post!
Entenda o que é o gerenciamento de risco
Essencial no universo dos negócios, o gerenciamento de risco é uma estratégia que traça cenários para um investimento, sempre considerando as variáveis do mercado e da sociedade como um todo.
Por isso, fatores econômicos e políticos devem ser bem analisados, assim como o comportamento dos consumidores em momentos distintos do ano.
Se um governo é de direita em um país X, e a tendência é que um de esquerda assuma, certamente haverá reviravoltas nas ações e nos demais tipos de investimentos.
Ao observar as variáveis e adversidades, o gestor consegue planejar atitudes que evitam perdas e que estejam sintonizadas na constante busca pelas rentabilidades, tendo um retorno sobre o investimento (ROI) positivo.
Afinal, o risco é uma realidade no mercado financeiro, estando presente em todos os ativos. Dentro dessa premissa, sempre é necessário saber atuar com as incertezas e ameaças que possam influenciar no ganho ou na perda de rendimento.
Assim, o gerenciamento de risco é uma maneira de o investidor estudar e compreender os cenários que se apresentam, elaborando uma carteira que reflita na proteção do patrimônio, mantendo as ameaças distantes.
Como os riscos são proporcionais aos retornos, a medida evita muitos problemas, mas não é uma garantia com 100% de eficácia. Afinal, trata-se de um gerenciamento. E se até equilibristas profissionais podem falhar, sempre há possibilidades de algo dar errado.
No entanto, as empresas que não fazem o gerenciamento de risco ficam bem atrás da concorrência, perdem mercados e podem até falir, caso determinado investimento escorra pelo ralo. Por isso, o planejamento é fundamental.
Descubra como fazer um gerenciamento de risco impecável
Um gerenciamento de risco bem elaborado baseia-se em inúmeros tipos de ameaças ou incertezas que possam afetar os ativos. Nesse sentido, é preciso conhecer quais são para você agir corretamente. Veja alguns deles, a seguir.
Risco de mercado
Trata-se das variações de preços e dos indicadores econômicos, principalmente os que influenciam no mercado financeiro.
Entre eles, podemos citar a volatilidade das ações, seja pela oferta e demanda, seja pela influência de alguma informação externa.
Caso o investidor perceba esse problema, uma dica é realizar a diversificação dos ativos, medida que evita que o rendimento fique concentrado em apenas um investimento. Isto é, caso aconteçam adversidades, a perda não será tão alta.
Risco de crédito
Caso uma empresa ou instituição financeira esteja correndo risco de ir à falência, ou com acordos judiciais, existe o risco de crédito.
Portanto, ao definir os seus investimentos, busque sempre locais que sejam confiáveis. Por isso, é preciso estudar antes de fechar a compra de títulos.
Uma dica interessante é sempre seguir as aplicações cobertas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Risco operacional
Ele é explicado quando as empresas escolhidas para investir o seu rendimento apresentam falhas na rotina corporativa, prováveis fraudes e problemas na gestão. Há sinalizadores de que as perdas poderão acontecer.
Mais uma vez, a análise criteriosa e baseada em dados reais e confiáveis é essencial antes de você definir em que ativos colocará o seu rendimento.
Com o gerenciamento de risco, é possível realizar as melhores escolhas, sempre valorizando instituições que tenham credibilidade no mercado e bom histórico em relação aos investimentos.
Risco de liquidez
Quando existe uma dificuldade para transformar ativos em rendimento, podemos identificar o risco de liquidez.
Nesse caso, é preciso colocar em prática o gerenciamento para analisar corretamente a liquidez dos investimentos. A dica é contar com ativos que contenham vários prazos na carteira, o que inclui reserva emergencial, inclusive com liquidez diária.
O risco de liquidez refere-se a uma possível dificuldade de transformar os ativos em rendimento quando necessário. Para gerenciá-lo, basta analisar com cuidado a liquidez dos investimentos e ter ativos com vários prazos na carteira — incluindo uma reserva de emergência com liquidez diária.
Risco do ativo
O risco do ativo é direcionado para cada investimento e engloba suas variáveis, como valores da saca de café ou petróleo na compra de ações nesses segmentos.
Se você optar por investir na Petrobras, por exemplo, as variações no valor do petróleo serão um risco do ativo; assim como no preço do aço para AcellorMittal, ou metais, cimento, minerais, celulose, entre outros, no caso de compra das ações da Votorantim.
Ao avaliar o risco do ativo, será preciso manter-se atualizado sobre os indicadores da inflação, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tanto quanto as respectivas variações cambiais.
Por isso, as análises devem ser constantes e focadas nos ativos que fazem parte da sua carteira, sempre de olho na diversificação.
Aprenda como fazer o gerenciamento de risco com fundos de investimentos
Como existem inúmeros ativos em uma mesma carteira, os fundos de investimentos têm uma maior complexidade no que diz respeito ao gerenciamento de risco. Mas eles precisam ser colocados em prática, como veremos agora.
Fundos de renda fixa
Como a maior parte dos recursos desse investimento é direcionada para os títulos públicos e privados, o gerenciamento de risco é focado no mercado, envolvendo tanto as incertezas quanto as oscilações no valor das cotas.
Por isso, é importante você contar com um banco de investimentos que auxilie nos seus investimentos, fazendo um gerenciamento impecável, sempre com as melhores escolhas.
Fundos multimercado
Eles podem ser aplicados em inúmeras classes de ativos, tanto de renda fixa quanto variável, fazendo uma combinação entre títulos públicos e privados, ações e variações cambiais.
Nesse caso específico, o gerenciamento de risco acaba sendo mais complexo, principalmente pelo fato da volatilidade explicada pela proporção da renda variável.
Podendo ser moderados ou agressivos, os fundos multimercado necessitam de uma gestão que combine os ativos corretos e as compensações em relação às variações nos preços. Mais uma vez, um banco de investimentos poderá ajudá-lo nesse gerenciamento.
Fundos de previdência privada
Com o diferencial na divisão entre a fase de acúmulo e recebimento, os fundos de previdência privada são geralmente focados nas rendas fixas e variáveis, contando com benefícios fiscais.
Mas também exigem um gerenciamento de risco, contando com uma visão a longo prazo. Ou seja, sempre é indicado que você tenha uma carteira diversificada, com retornos significativos.
Como colocar tudo isso em prática? É o que vamos mostrar agora, com foco na saúde financeira da sua aplicação.
Gerencie o risco na prática
A primeira tarefa para um gerenciamento de risco bem-elaborado é o planejamento sobre como ele será conduzido.
Para isso, é importante criar uma estrutura de metas e objetivos, incluindo todas as categorias de risco. Nesse sentido, vale a pena contar com a tecnologia por meio de um software que auxilie na gestão e no fornecimento de relatórios.
Identifique os riscos
Obtendo dados confiáveis e em tempo real, você poderá identificar os riscos de cada investimento. Faça uma pesquisa sobre as políticas da empresa, dos procedimentos internos, das regras de segurança e sobre o tipo de gestão adotada.
Dentro desse gerenciamento de risco, vale a pena conduzir alguns questionamentos, tais como:
- Como a empresa está posicionada no mercado?
- O que pode acontecer?
- Como e por que aconteceria?
- Quais os riscos iminentes?
- Que vantagens terei nos ativos?
Faça análises
Para determinar os riscos prestes a acontecer, nada melhor do que análises, abrangendo desde os pequenos até os de grandes proporções.
Dessa maneira, trace as possibilidades da ocorrência dos riscos identificados e de possíveis consequências, o que ajudará na observação dos variados tipos existentes em cada investimento.
Com as informações, será possível avaliar os planos de ação, sempre em busca das melhores oportunidades, com foco no controle e na redução dos riscos.
Monitore os resultados
Como o mercado vivencia oscilações diárias, nada melhor do que um monitoramento das ações compradas. Veja se os resultados correspondem com o estudo inicial e sempre verifique os riscos apresentados, avaliando as interferências.
Para isso, utilize métricas e ferramentas de gestão, tornando as análises eficientes. Dessa forma, inevitavelmente, o gerenciamento de risco contribuirá com inúmeros benefícios. Entre eles, podemos citar:
- evita surpresas indesejadas no investimento;
- traz mais planejamento;
- melhora o desempenho e a eficiência;
- amplia o interesse das partes interessadas;
- ajuda nas tomadas de decisões;
- protege o seu rendimento.
Portanto, ao realizar o gerenciamento de risco, as suas aplicações se manterão no caminho certo, com previsões certeiras e retornos atrativos, sempre de olho no sucesso.
Agora que você já sabe como realizar um gerenciamento de risco, que tal aprender sobre o funcionamento de uma Bolsa de Valores? Confira tudo neste post!
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