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Follow on: Saiba o que é e como utilizá-lo nas análises

Quando uma empresa estreia no mercado de ações na Bolsa de Valores, o momento recebe o nome de IPO. No entanto, após a emissão dos primeiros papéis, ainda é possível oferecer ofertas subsequentes. Tratam-se das follow on, um termo em inglês que significa justamente o que apresentamos acima.

Para você se aprofundar neste assunto e entender como acontece o processo das ofertas posteriores, elaboramos este post com informações bem detalhadas. Confira!

Entenda o que é follow on

Como a oferta de ações é um comportamento comum no mercado de capitais, principalmente para atrair investidores, o follow on é um momento a mais para as empresas captarem recursos por meio da entrada de novos acionistas.

De olho em seu entendimento, vamos esmiuçar a didática. Imagine uma empresa que acabou de estrear na Bolsa de Valores, celebrando o Initial Public Offering (IPO).

Sendo um evento muito aguardado pelo mercado, acaba tendo um papel preponderante para as companhias captarem recursos, podendo utilizá-los em possíveis expansões ou para o lançamento de um novo produto.

Com o follow on, é possível captar uma quantidade maior de capital, ou seja, o número de investidores aumenta, assim como do dinheiro injetado.

Dessa maneira, as chances do negócio crescer aumentam consideravelmente. Afinal, quem compra as ações acaba investindo na empresa, se tornando um acionista.

Trata-se de um movimento de troca de interesses, sempre objetivando futuros lucros por meio da distribuição dos dividendos e valorização dos ativos.

Follow on na prática

Sempre conduzido após o IPO, o follow on só pode ser realizado após uma avaliação sobre as condições do mercado. Além disso, é preciso colocar em prática um planejamento estratégico, com ações bem estudadas para cada etapa.

Apesar de ser um processo mais simples em comparação a um IPO, há algumas atitudes que devem ser conduzidas, tais como o pedido de registro da operação junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Além disso, é preciso formalizar um consórcio de instituições financeiras, com foco na coordenação da operação e também na distribuição das ações no mercado.

Em seguida, é preciso definir o conteúdo da oferta, detalhes sobre o tamanho e a maneira como a precificação será conduzida.

Nesse sentido, é preciso criar, aprovar e realizar toda a produção e distribuição do material referente à oferta, incluindo o prospecto preliminar e definitivo.

Trata-se de um documento importantíssimo que reúne as principais informações tanto sobre a empresa quanto em relação à oferta, o que auxilia nas tomadas de decisões dos investidores.

Prospecto preliminar e definitivo

No caso do prospecto, o objetivo é informar as perspectivas de mercado da empresa, as projeções financeiras, riscos e também detalhes sobre a gestão administrativa.

Há informações bem apuradas que contemplam ainda as operações conduzidas, condições internas, aplicação dos recursos, enfim, o prospecto oferecido para atrair investidores pode ser visto como uma espécie de balanço financeiro.

Com foco no entendimento dos investidores, há modelos para serem seguidos, abrangendo desde o conteúdo até a estrutura da apresentação.

Após finalizar essas etapas, chega o momento de apresentar a oferta ao mercado, recebendo as intenções dos respectivos investidores.

Tudo é feito por meio de reuniões conhecidas como roadshow, que podem ser entendidas como encontros com os analistas, corretoras e investidores, sendo geralmente organizadas pelas instituições financeiras, sempre de olho na atração de venda das ações.

Assim, essas reuniões podem até mesmo contar com a presença do presidente da companhia que está no IPO e follow on e ainda podem acontecer até mesmo em outros países.

E essa presença ilustre tem um fundamento bem claro: esclarecimento das principais dúvidas, destinando credibilidade no processo e também para deixar os investidores mais seguros no momento de entrarem na operação.

Após a conversa e entendimento por ambas as partes, chega a hora dos investidores efetivarem as ofertas, definindo o preço das ações, o que necessita das reservas por parte das instituições, colocando-as nos pregões da B3.

Conheça as vantagens do follow on

Além da conquista de mais recursos, o follow on garante inúmeros outros benefícios para as empresas que conseguem realizar uma nova emissão de ações no mercado.

Entre eles, podemos citar o fato da oferta adicional ser uma maneira de expansão das instalações, serviços ou entrada em novos mercados pela empresa.

Portanto, pode ser o princípio de novos investimentos, ampliando as ações corporativas e até mesmo com foco na compra de concorrentes, fazendo com que o negócio cresça ainda mais.

O follow on possibilita ainda a revisão da estrutura interna de uma companhia, o que pode reverter no combate ao endividamento e até mesmo no encontro do equilíbrio orçamentário.

Outro aspecto positivo é que a prática ajuda a aumentar a liquidez das ações, ponto que amplia a quantidade de papéis no mercado.

Além disso, não podemos deixar de citar que a oferta subsequente também pode oferecer uma via de saída para sócios que estão desinteressados em continuar na empresa.

Tipos de follow on

Como as empresas têm objetivos diferenciados na hora de colocar em prática o follow on, as características das ofertas também se alteram.

Por isso, existem alguns tipos de follow on, como o referente às ofertas primárias. Nesse caso, o dinheiro adquirido pelas vendas das ações tem um destino certo: o caixa da companhia.

Portanto, o foco é no aumento do capital social, utilizando os recursos financeiros para expandir o negócio.

Existem ainda as ofertas secundárias, que são vendas de ações que já existem, sem influência no capital social da empresa. Muitas vezes são os sócios que buscam esse tipo de follow on, com o objetivo de obterem mais liquidez. Afinal, se desfazer das ações faz parte da dinâmica do mercado de capitais.

Há ainda a oferta pública e também com esforços restritos. A primeira é feita por qualquer investidor que queira participar do processo de compra, seguindo as regras da CVM.

A pública envolve a captação de poupança das pessoas, sendo fiscalizadas e organizadas pela Comissão, sob o número 400.

Já a com esforços restritos é identificada pela CVM como 476, tendo como público os investidores mais experientes. E o nome é explicado justamente pelo fato dos papéis serem limitados em uma oferta a apenas 75 pessoas, sendo que somente 50 podem concretizar a compra.

Detalhes da participação

Se você tiver interesse em participar do follow on, a primeira dica é possuir uma conta em um banco de investimentos.

Ao se cadastrar, você obterá diversas informações, como referentes ao número de ofertas em andamento, além das orientações necessárias para fazer uma escolha certeira.

Além disso, você deverá destinar algumas documentações para entrar no pedido de reserva de ações tão quanto o volume financeiro que deseja investir.

Após conseguir uma reserva, você será informado sobre o número correto de ações que conseguiu comprar, dependendo da demanda de oferta e procura. Aí é só transferir o valor, sendo tudo bem orientado pela corretora ou banco escolhidos.

Portanto, o follow on é uma forma de ajudar os negócios a crescerem e também faz parte da rotina dos investidores, trazendo mais lucratividade e sucesso nas empreitadas no mercado de capitais.

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