Um aspecto comum a muitos investidores é buscar informação atualizadas para ficar por dentro das principais tendências e oportunidades do mercado. Quanto melhor informado, maior a probabilidade de fazer boas escolhas.
Nesse sentido, um dos setores do mercado que têm ganhado grande destaque nos últimos tempos e apresentam tendência de crescimento é o segmento da biotecnologia.
São diversas as maneiras de diversificar a carteira e ter bons ganhos com o avanço das empresas de biotecnologia. Entre as principais oportunidades, estão os ETF de Biotecnologia: Fundos de Índice vinculados a esse setor.
Elaboramos este texto para explicar como esses fundos funcionam, quais as melhores oportunidades e o que levar em consideração para fazer um investimento adequado às suas necessidades. Acompanhe!
O que é um ETF?
Antes de qualquer coisa, vale a pena entender melhor, afinal de contas, o que é um ETF. Esse mecanismo financeiro vem ganhando cada vez mais destaque no Brasil, atraindo diversos investidores.
Embora a sigla em inglês signifique “Exchange Traded Funds”, algo semelhante a “fundos negociados em bolsa”, geralmente, os ETFs são conhecidos como Fundos de Índice.
Isso significa que o objetivo desse tipo de investimento é espelhar, na carteira dos investidores, a rentabilidade de um índice predeterminado, chamado de índice subjacente.
Por conta disso, os ETFs são administrados por especialistas, que movimentarão os recursos alocados no fundo, para que possam replicar o rendimento do índice referencial.
Apenas a título de exemplo, quem investe em um ETF de Cannabis tem como intenção fazer com que seu investimento tenha um retorno semelhante ao rendimento de determinadas empresas desse setor econômico.
Por outro lado, se for do interesse do investidor aproveitar o mercado de criptomoeda, é possível comprar cotas em um ETF de criptomoeda. Dessa maneira, os recursos alocados terão um rendimento semelhante às criptomoedas, em que o fundo é referenciado.
Em outras palavras, quem compra cotas em um Fundo de Índice passa a ter acesso indireto aos diferentes ativos que compõem o fundo. Isso faz com que o investidor tenha acesso a diversos papéis, mas não precise operar cada um deles separadamente.
O que é um ETF de Biotecnologia?
Depois de compreender o que é um ETF, é relativamente fácil imaginar o que são os ETFs de Biotecnologia, ou seja, são fundos cujo índice subjacente é baseado em determinadas empresas desse setor. Contudo, vale a pena aprofundar esse significado.
A BIOTECNOLOGIA
A biotecnologia é uma área da ciência que tem o objetivo de desenvolver e aprimorar tecnologias utilizando organismos vivos. Nesse sentido, as empresas desse setor desenvolvem pesquisas e testes com base em células e moléculas.
O intuito da biotecnologia é fornecer soluções para a saúde humana. Um dos exemplos mais nítidos disso são as vacinas. Embora elas tenham ganhado destaque por conta da pandemia, essa invenção vem salvando vidas humanas há muito tempo.
São diversas as áreas de atuação dessa ciência. Com técnicas cada vez mais sofisticadas, o ramo da biotecnologia pode produzir medicamentos e cultivar células para produção de espécies vegetais para o consumo humano.
Além disso, ela também é utilizada com vias à sustentabilidade e preservação do meio-ambiente, sendo fundamental no tratamento de lixo, por exemplo.
Em termos de mercado, são diversos os setores influenciados por essa tecnologia, dentre os principais, podemos listar:
● produção farmacêutica;
● cultivo animal;
● agricultura;
● produção de químicos.
É possível afirmar que a biotecnologia é fundamental para que a humanidade consiga cada vez mais avanços, principalmente quando o assunto é a saúde da população mundial.
ETF DE BIOTECNOLOGIA
A biotecnologia, enquanto ciência, é fundamental para os avanços nas mais diversas áreas da atividade humana e tem demonstrado sua importância cada vez maior para a sociedade.
Por conta disso, investir em empresas de biotecnologia pode ser uma boa oportunidade para quem deseja diversificar a carteira e ter bons rendimentos com o sucesso que o setor tem demonstrado.
Nesse sentido, optar por um ETF de Biotecnologia pode ser uma boa ideia. Por meio dele, ao invés de ter que operar com ações de diferentes empresas, você pode concentrar suas contas em um fundo que é pautado no rendimento de diversas companhias desse ramo.
Quais são os principais ETFs de Biotecnologia?
Embora os ETFs de Biotecnologia sejam uma boa oportunidade, infelizmente, no Brasil, nem sempre é fácil encontrar empresas nacionais.
Contudo, por meio de ETFs, é possível expor seu capital ao segmento de biotecnologia internacional.
A seguir, listamos as principais oportunidades nesse sentido. Acompanhe!
IBB
O primeiro ETF de Biotecnologia a ser considerado é o iShares Nasdaq Biotechnology. Negociado na Bolsa americana com o ticker IBB, esse Fundo de Índice tem mais de 10 bilhões de dólares sob gestão.
Um ponto importante a ser considerado é que 90% da composição do fundo estão nos Estados Unidos. Isso é normal, uma vez que o país concentra as principais empresas do setor.
Outra questão que merece atenção é que o fundo apresenta uma diversificação relativamente baixa, pois a maior parte de seus ativos está direcionada às empresas farmacêuticas.
Algumas das empresas que compõem o ETF iShares Nasdaq Biotechnology são:
● Moderna Inc.;
● Gilead Sciences;
● Astrazeneca ADR;
● Regeneron Pharmaceuticals Inc.
Os custos administrativos do ETF são de 0,46% ao ano. Para o investidor brasileiro, a boa notícia é que é possível comprar cotas desse fundo na própria B3, por meio do BDR de ETF de ticker BIBB 39.
ARKG
Outro ETF de Biotecnologia que chama bastante atenção é o ARKG, ticker utilizado para o ARKG Genomic Revolution ETF, negociado na Bolsa de Valores americana.
O intuito do fundo é investir em empresas que estejam vinculadas a diagnóstico molecular e células-tronco. São diversas as pesquisas desenvolvidas por esse setor, o que faz gerar grandes e boas expectativas, principalmente para médio prazo.
Assim como o IBB, a concentração está nos Estados Unidos. Praticamente todo o portfólio é vinculado ao país, seguido pela Suíça. Em termos de setor, a maior parte do capital é concentrada em Health Care (92%) do patrimônio do fundo.
A taxa de administração do ARKG é de 0,75% ao ano. Assim como o IBB, o valor é considerado alto para um Fundo de Índice.
XBI
O XBI também é uma boa oportunidade para quem deseja diversificar a carteira investindo no setor de biotecnologia.
O objetivo desse ETF é replicar o S&P Biotechnology Select Industry Index. No caso desse fundo, toda a concentração de recursos é pautada em empresas dos Estados Unidos. Nesse sentido, não há diversificação geográfica.
Apesar dessa concentração em apenas um país, o número de empresas que fazem parte do ETF é bastante vasto. São mais de 100 organizações, sendo que as 10 maiores posições do fundo não chegam a ocupar 10% do patrimônio.
Vale a pena investir em ETF de Biotecnologia?
Depois de conhecer as informações sobre o mercado de biotecnologia e os principais Fundos de Índice que apresentam rendimento espelhado nele, é possível refletir se esse tipo de investimento vale ou não a pena.
VANTAGENS
Uma das principais vantagens que o investimento em ETF de Biotecnologia apresenta é a diversificação do portfólio. Por meio dessas alocações, é possível ganhar com o sucesso de diferentes empresas do setor.
Outro ponto válido é a capacidade de dolarização do investimento. Como foi possível notar, a maior parte dos ETFs apresenta concentração no mercado dos Estados Unidos. Isso significa que, principalmente para investidores brasileiros, é possível ter ganhos com a variação cambial.
Em determinadas situações, a variação entre o dólar em comparação ao real pode representar rendimento positivo, mesmo que as ações do ETF não tenham grandes altas.
Outro ponto que deve ser observado são as perspectivas para o setor de biotecnologia. Embora grande parte da pandemia tenha sido amenizada com as vacinas, cresce cada vez mais a possibilidade de novas doses serem necessárias.
Além disso, os setores voltados à saúde possuem importância social para além de períodos de crise sanitária. Por conta disso, investir em empresas e fundos vinculados a esse segmento pode ser uma boa oportunidade.
DESVANTAGENS
Apesar das vantagens citadas, é necessário tomar cuidado com algumas peculiaridades e riscos que o setor biotecnológico apresenta.
Um desses principais pontos é sua alta volatilidade. Em geral, as empresas do setor de farmacêutica e biotecnologia dependem de altos investimentos e incentivos fiscais para se desenvolverem.
Por conta dessa realidade, muitas vezes, esse mercado não apresenta um histórico consistente em comparação a outros segmentos mais consolidados.
Nesse contexto, quem pretende diversificar a carteira por meio de ETFs de Biotecnologia precisa levar em consideração seu perfil investidor e os objetivos financeiros que deseja alcançar, prestando atenção ao histórico e às demais informações das empresas que compõem o fundo desejado.
Investir em um ETF de Biotecnologia é uma excelente forma de diversificar a carteira de investimento e ter acesso a bons rendimentos. As perspectivas para o segmento são promissoras. Além disso, operando em empresas desse setor, grande parte do capital estará vinculado ao dólar, o que pode ser uma boa vantagem.
Contudo, é importante considerar a volatilidade do segmento, que ainda é pouco consolidado. Portanto, atente às nossas informações e dicas para poder tomar a decisão mais adequada às suas intenções.