Conhecer boas práticas e estudar estratégias para operar no Day Trade é fundamental para diminuir exposição ao risco e otimizar lucros. Isso vale principalmente quando o investidor atua na compra e venda de ativos negociados na Bolsa. No mercado de opções, a Estratégia Fence é indicada para quem busca proteger o ativo de uma queda.
O que é o mercado de opções?
As opções são uma categoria de ativo financeiro negociado na Bolsa que permite a você proteger os seus ativos ou mesmo fazer especulação.
Esse ativo é um tipo de derivativo, ou seja, o preço de compra e venda dele depende de outro ativo do qual ele está relacionado.
Na prática, as opções são representadas como um contrato. Esse contrato dá ao trader o poder de comprar ou vender um ativo em uma determinada data futura já por um valor pré-definido.
Opções nos pregões
Quando as opções são negociadas na B3, eles assumem um padrão nas suas características. Elas contam com uma data de vencimento que já é definida previamente pela nossa Bolsa, bem como as garantias que são pré-requisitos para a negociação.
Opções no balcão
A negociação das opções também pode ser feita no balcão. Nessa modalidade, não existe uma padronização de características e exigências entre os ativos negociados.
O que acontece é uma autonomia para os vendedores e compradores definirem as particularidades das opções. Isso significa que são eles que acordam prazos, valores e as exigências de garantia na operação do contrato.
Assim, a B3 atua como um ambiente regulatório para garantir que comprador e vendedor sigam o que foi acordado no contrato.
Afinal, o que é a Estratégia Fence?
Se você está iniciando nas operações como trader, lembre-se de que pode atuar lucrando com a venda e compra de ações diariamente, que é o caso de day trade.
Também pode optar por uma aplicação de médio prazo, geralmente vendendo o ativo em um intervalo de 15 dias, é o modelo de swing trade. Ou mesmo pode definir por realizar esses dois tipos de atuação, dependendo dos ativos da sua carteira.
Para quem atua ou quer atuar no mercado de opções, a Estratégia Fence pode ser uma boa alternativa para proteger um ativo. Ela também pode atuar como limitador para uma tendência de alta de um ativo.
Na prática, a Fence funciona da seguinte forma:
- Há a compra de uma opção de call, ou seja, compra direta do ativo com uma data futura e preço pré-determinado;
- Há a compra de uma opção de put, ou seja, o ativo pode ser vendido a um determinado preço quando chegar a data de vencimento.
Assim, é estabelecido um limite de perda de valor do ativo. Dessa forma, as principais características da estratégia Fence são:
- Proteção para o ativo;
- Considera um intervalo de tempo;
- Limitação do ganho máximo;
- Limitação da perda máxima;
- Necessita de uma garantia, também conhecida como chamada de margem.
Como ela pode ajudar o trader?
A Estratégia Fence é interessante para cenários em que existe uma possibilidade de queda de preço. Por isso, é fundamental que o trader acompanhe o mercado para projetar possíveis baixas dos ativos.
No entanto, sabemos que há situações imprevisíveis, como o caso de desastres naturais, que podem impactar o valor de ativos comercializados na Bolsa. Assim, o interessante é que o trader conte com um mix de investimentos na sua carteira para minimizar a exposição ao risco.
No caso da Estratégia Fence, ela busca reduzir essa exposição ao risco fixando um preço de venda em uma data futura para um ativo. Portanto, ela ajuda o trader a proteger o ativo que ele já tem ou mesmo comprar um novo ativo uma “proteção”.
Mas é importante lembrar que a estratégia Fence é uma via de mão dupla: assim como protege o ativo de uma desvalorização, também limita o seu potencial de ganho.
Isso acontece exatamente porque o preço do ativo é pré-definido para uma data futura. Pode acontecer que, em vez de uma queda, ele sofra uma valorização, mas, como você optou por operar na Fence, o ativo na sua posse não estará exposto a esse movimento de maior ganho.
Como montar uma Estratégia Fence?
Para desenvolver qualquer estratégia é essencial conhecer as características do ativo que você tem ou quer comprar. Além disso, é preciso estar por dentro das tendências de mercado e entender como a macroeconômica pode impactar no preço dos ativos.
Somadas a essas boas práticas para montar uma estratégia, a Estratégia de Fence deve contemplar os seguintes pontos:
- Compra de uma opção de put, com um valor próximo ao do ativo;
- Venda de uma opção de put com um strike inferior ao da anterior;
- Venda de uma opção de compra — esse valor será o limite do seu lucro.
É importante destacar que o encerramento da operação antes da data prevista vai impactar no esperado, ou seja, o resultado pode ser bem diferente do que foi projetado.
Além disso, destacamos um aspecto crucial para a estratégia de Fence: todas as opções devem ser compradas no mesmo volume, ou seja, quantidade de ações e com as mesmas datas de vencimento.
Quando vale a pena usar a Fence?
A estratégia Fence é indicada para cenários em que há uma projeção de queda no valor do ativo.
Além disso, atuar com essa frente no mercado de opções é interessante também quando os ativos de renda fixa, como CDBs e debêntures, não estão com uma boa rentabilidade.
Dessa forma, é possível aplicar a estratégia em um cenário de possível oscilação dos ativos. Esse é um movimento esperado, por exemplo, durante o período eleitoral onde há muita especulação e o mercado fica sensível.
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