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Collar: entenda como funciona a estratégia no mercado de ações

Para operar no mercado de ações, é fundamental investir tempo para aprimorar conhecimento. Aprender estratégias é o melhor caminho para ter sucesso como trader. A Collar é uma delas.

Para quem ainda não é trader, mas quer entender melhor o assunto, o mercado de ações corresponde aos ativos comercializados na Bolsa de Valores. Isso significa que são investimentos de alto risco, ou seja, estão expostos às oscilações do mercado.

Assim, os traders adotam estratégias para minimizar o impacto de possíveis quedas. Elas têm por objetivo proteger a posição dos ativos. 

E é por isso que neste artigo, vamos apresentar a você o que deve saber sobre a estratégia Collar. Vamos lá?

Para que a estratégia Collar é usada?

No mercado de opções, ou seja, de ativos comercializados na B3, a nossa Bolsa de Valores, há momentos em que o sistema financeiro oscila. 

Esse é o padrão esperado para essa frente, já que estamos falando de um ecossistema que reflete acontecimentos do Brasil e do mundo. Por isso, os ativos comercializados em Bolsa são de alto risco.

Isso acontece por diversos motivos, como decisões políticas, desastres naturais, pronunciamentos de diretores executivos etc. 

Nesse sentido, as oscilações podem acontecer de maneira positiva ou negativa, o que pode resultar na perda do valor das ações.

Além disso, o valor de uma ação ao longo de um dia pode variar seguindo uma tendência do mercado ou por fatores isolados, como a divulgação de resultados do trimestre.

Assim, os traders devem usar métodos que reduzam a exposição ao risco. Diversificar a carteira é talvez a mais simples de se pôr em prática. Dentre outras, a estratégia Collar é usada para proteger as posições se houver queda no mercado.

Um ponto da Collar que merece destaque é que ao mesmo tempo que ela protege o trader de possíveis perdas, ela também permite que ele obtenha ganhos caso o mercado siga em um movimento de valorização.

Como essa estratégia de proteção funciona?

Você já viu que a Collar tem o intuito de prevenir possíveis perdas ao trader em um cenário de queda. 

Pelo fato dela também possibilitar ganhos no contexto ascendente do mercado, a Collar é conhecida como uma “operação casada”.

Na prática, há três agentes envolvidos nessa operação no mercado de opções:

  • ativo negociado;
  • venda de um call, ou seja, opção de compra;
  • compra de uma put, ou seja, opção de venda.

É uma estratégia de proteção que se assemelha à Fence. Nesses dois exemplos, o trader consegue limitar a perda, bem como o seu potencial de ganho. 

Em um exemplo hipotético, suponhamos que você decidiu se dedicar à profissão trader e comprou um lote com 1.000 ações. Nesse lote, o valor unitário da ação era de R$ 30,00. 

Então, você optou por colocar a Collar em ação e, para isso, adquiriu mais um lote com 1.000 ações. 

Porém, cada uma delas tem valor unitário diferente do lote anterior. No caso, vamos supor que cada ação valesse R$ 40,00. No caso, essa compra foi feita como uma put, ou seja, em opção de venda.

Além disso, opta por vender as suas ações em opção de compra com strike no valor unitário de R$ 45,00.

A seguir, veja três cenários possíveis com a estratégia Collar.

Lucro de venda mais retenção das ações

No primeiro cenário, vamos supor que, ao acompanhar as Salas de Day Trade ao Vivo, você percebeu que havia uma tendência de queda no mercado. 

Então, usou a estratégia Collar para proteger a sua posição. Assim, caso as ações no valor de R$ 45,00 compradas em call caiam, o possível comprador tende a decidir pela posição. Assim, você lucra com a venda e mantém as ações.

Apenas lucro sobre a compra

No caso do lote de ações de R$ 40,00, lembra que no exemplo usamos a compra em put? Caso haja uma queda no valor de mercado, o trader que vendeu as ações como put vai ter que comprar o ativo novamente pelo mesmo valor de R$ 40,00.

Assim, você lucra com a diferença. Por exemplo, se a queda levou o valor das ações para R$ 25,00. O seu lucro vai ser de R$ 15,00 por ação.

Lucro mas com perda das ações em put

Neste exemplo, temos um cenário positivo de mercado, ou seja, em que há a valorização dos ativos. 

Lembra que comentamos que a estratégia Collar protege da perda, mas também limita o seu potencial de ganho?

Então, você mantém a sua posição, mas deve entregar as suas ações de R$ 30,00. Você lucra, mas perde as ações em put.

Quando a estratégia Collar é indicada?

A Collar é uma estratégia indicada para movimentos de queda no mercado. Há movimentos que podem ser previstos conforme a curva econômica.

No entanto, é importante que os traders também acompanhem mais de perto a governança das empresas donas das ações que ele detém.

Isso ajuda a prever alguma tomada de decisão que pode afetar de maneira positiva ou negativa o valor dos seus ativos no mercado de opções.

A sua dinâmica é mais indicada para operações de swing trade e que tenham mais experiência no mercado financeiro. Isso se deve ao fato de ser uma operação estruturada complexa.

Se você ainda não conhece a modalidade de swing trade, saiba que é uma forma de aplicação em Bolsa com vencimento de médio prazo.

No geral, o swing trader opera quinzenalmente ou dentro de um mês. É uma prática interessante para quem está começando a investir no mercado de renda variável e quer ter mais intimidade com as operações em Bolsa.

Por fim, como toda estratégia, a Collar conta com vantagens e desvantagens e você deve usar métodos de análises de mercado para definir se ela é a sua melhor decisão no momento.

Dentre as vantagens da Collar, você já sabe que ela te garante lucro e reduz a exposição à perda. Mas, no cenário ruim para você, mas de alta do mercado, mesmo lucrando, você perde a sua posição de put, tendo que entregar as ações.

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