Parte da lucratividade de quem investe em contratos, ações e moedas está vinculada à oscilação do valor dos títulos comprados e vendidos. Isso significa que o preço de uma ação altera diante de alguns aspectos.
Existem diversos indicadores financeiros que podem ser usados para medir o risco de um investimento. Entre eles, está o drawdown — um indicador que apresenta o percentual de queda de um ativo, dentro de um determinado período.
Por meio desse índice, é possível avaliar a oscilação do título e analisar o desempenho de diversas ações ou outros produtos financeiros, dando ao investidor a posição de controle.
Para te ajudar a entender tudo sobre esse tema, explicaremos o que é o drawdown e como ele funciona na prática, destacando a melhor maneira de interpretar os resultados dessa métrica. Acompanhe!
O que é Drawdown e como ele funciona?
O drawdown é uma medida, geralmente expressa em termos percentuais, de um ativo financeiro ou de uma carteira de investimentos. Em outras palavras, ele aponta a taxa de oscilação entre o preço máximo e o mínimo de uma ação.
Ele serve para medir a volatilidade histórica de determinados investimentos, ou o seu risco. Assim, é possível fazer o cálculo e comparar o padrão entre diferentes ativos para saber qual apresenta um histórico de queda maior, por exemplo.
Desse modo, podemos saber qual dos ativos é mais estável e qual possui maior variação durante determinado período. Vale lembrar que quanto menor o drawdown, mais estável será o ativo. E quanto maior ele é, menos estável será o ativo.
Por isso, o drawdown é muito usado por quem faz investimentos em renda variável, sobretudo em modalidades que apresentam mais volatilidade, como ações e fundos imobiliários, por exemplo.
Qual a importância desse recurso?
Sem dúvida, analisar o drawdown é fundamental para que você amplie os ganhos e minimize os riscos de seus investimentos. Afinal, ele oferece uma ideia de equilíbrio do risco da carteira, pois mostra o momento mais crítico do ativo.
Por esse motivo, a métrica é uma ótima maneira para analisar se a estratégia de investimentos está atingindo os propósitos determinados. Em vez de se desesperar com as perdas, o melhor é aproveitar o momento para avaliar as razões da queda do ativo. Essa é a forma mais adequada de tentar prevenir oscilações futuras.
Uma das maneiras de aplicar o drawdown é caso a ação esteja em um período de desvalorização, atingindo um estágio significativo de queda. Isso pode representar uma oportunidade de compra, já que ela está perto da desvalorização máxima e, certamente, voltará a valorizar e você poderá lucrar.
Mas, se as ações estão em alta, próximas ao pico de valorização, pode ser um momento ruim para comprá-las. É por isso que a vida de um investidor de sucesso é fazer simulações incansavelmente, para saber se o risco está em níveis aceitáveis.
Vale lembrar que, no caso de uma estratégia de investimentos, um drawdown menor consiste em uma baixa exposição ao risco. Portanto, reduzi-lo pode ser relevante, mesmo que a rentabilidade volte a cair.
No entanto, esse não deve ser o único indicador utilizado para isso. Afinal de contas, uma ação pode cair mais do que seu histórico, e, quando isso ocorre, o investidor perde a referência acerca da possível valorização ou não.
Como analisar o drawdown de maneira correta?
Agora que você já conhece o conceito e a importância do drawdown, é hora de aprender a calcular esse indicador.
De maneira simplificada, o drawdown é calculado como a porcentagem de quanto um ativo caiu em relação ao seu topo. A fórmula para encontrá-lo é:
Drawdown = [(Valor máximo – Valor mínimo) / Valor máximo] x 100
Na prática, imagine que você tenha em mãos uma ação registrada por um valor mais alto de R$40 e o valor mais baixo por R$20. Aplicando na fórmula, você terá: [(40 – 20) / 40] * 100 = 50%. Portanto, no período analisado, o ativo teve uma oscilação de valor de 50%.
Sendo assim, o valor máximo de um ativo é o maior preço que ele conseguiu alcançar, dentro de uma série histórica. Já o valor mínimo é, exatamente, o valor mais baixo que um ativo atingiu, depois do pico.
Além disso, quanto menor for o drawdown de um investimento, mais estável ele é, e vice-versa. Por exemplo, se dois ativos, A e B, exibem o mesmo retorno ao longo de um período, mas o drawdown de A é menor que o de B, o ativo A tende a ser mais favorável.
Como interpretar seus resultados?
Dependendo do objetivo de quem analisa, é possível calcular várias quedas diferentes. No entanto, dentre elas, para análises de ativos e de estratégias de investimentos, o mais analisado é o Máximo Drawdown (MDD).
O MDD consiste no percentual máximo de queda em diversos dados. A grande diferença aqui é que, para calcular essa medida, é preciso levar em conta um determinado período e as circunstâncias gerais do mercado para uma análise completa.
Além de apontar a performance individual do ativo, deixando claro o seu histórico de volatilidade, o MDD também traz indicativos do mercado em que o investimento está fixado, permitindo identificar padrões de comportamento.
Mas, afinal de contas, como interpretar o Drawdown corretamente? Existem três fundamentos que possibilitam analisar e interpretar os dados obtidos, são eles:
Duração
A duração é um fator determinante para avaliar o Drawdown e como ele se comporta. A quantidade de tempo que dura esse recurso indica quanto o investimento vai demorar para voltar à cotação máxima após a queda.
Período de recuperação
Para fazer a análise adequada, o investidor deve prestar atenção no tempo em que o ativo está sendo observado. O que determina se o indicador é bom ou ruim é exatamente o fator tempo. O período e a duração da queda devem ser proporcionais ao percentual do drawdown, ou até menor, se possível.
Magnitude da perda financeira
A perda financeira ocorre quando, ao final do dia, a ação ou ativo alcança a cotação mínima e não se recupera, resultando em prejuízos. Nesse caso, é importante considerar a magnitude da perda. Basta recorrer ao cálculo apresentado anteriormente.
Por fim, como você pôde ver, para fins de análise e simulação de estratégias, o drawdown fornece referências importantes e nos ajuda a identificar se nossas estratégias e sistemas estão funcionando dentro de níveis de risco aceitáveis.
Agora que você já sabe como funciona o drawdown, não deixe de conferir o artigo que preparamos para você sobre “Risco fiscal: como ele impacta os seus investimentos?”. Boa leitura!
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