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O que significa quando a Bolsa está caindo ou subindo?

O que significa quando a Bolsa está caindo ou subindo?

Certamente, você já deve ter ouvido coisas do tipo: crise no país “x” ocasiona a queda da Bolsa. Ou, ainda, valorização da commodity gerou uma alta na Bolsa. Mas você sabe o que isso significa? Apesar de esse tipo de notícia ser diariamente propagada, poucas pessoas entendem.
Isso é um dos motivos principais para que a maioria dos interessados em investir na Bolsa de Valores desista por acreditar que se trata de uma coisa muito difícil.

Pensando nisso, resolvemos escrever este artigo. Nele, mostraremos o que é a Bolsa de Valores, como ela sobe e desce em meio ao mercado e como isso influencia nos seus investimentos. Acompanhe!

O que é a Bolsa de Valores?

Antes de qualquer coisa, é preciso entender o conceito por trás dessa “alta ou queda da Bolsa”. O termo não se refere, especificamente, à Bolsa de Valores, mas, sim, ao indicador mais importante que existe para a instituição.

Então, primeiro é importante entender o que vem a ser a Bolsa de Valores. Basicamente, é uma instituição em que são negociados diversos ativos importantes do mercado financeiro. Entre eles:


• Ações;

Commodities, como ouro, prata, soja, milho etc.;

• Moedas no mercado futuro;

BDRs;

• E, até mesmo, títulos do tesouro direto.

No Brasil, a Bolsa de Valores é chamada Brasil, Bolsa Balcão ou, simplesmente, B3. Ela é fruto da união da BM&FBovespa e CETIP, formando uma das instituições do mercado financeiro mais sólida e reconhecida do mundo.

O que significa a subida ou queda da Bolsa de Valores?

Vamos ao que você realmente veio aprender neste artigo. Ou seja, o que é a queda ou a valorização que tanto se fala na internet, no rádio e na televisão. É preciso entender que essas movimentações estão relacionadas ao Ibovespa.

Ele é um indicador que mede o desempenho da B3, ao longo dos pregões. Funciona como uma carteira teórica com ações das empresas mais importantes negociadas na Bolsa de Valores. Entre elas, a Petrobras, grandes bancos, empresas de transporte aéreo, Vale, Ambev, entre outras.

Essas empresas correspondem a 80% do volume financeiro de todas as negociações feitas na B3. Logo, se uma parte significativa delas começar a desvalorizar, o Ibovespa também começa a cair. O contrário também é válido. Se uma quantidade significativa começa a operar em alta, o indicador tende a subir.
Por esse motivo, você ouve esse tipo de coisa nos meios de comunicação. Quando ocorre a “queda da Bolsa”, estamos em um momento de baixa das ações que compõem o Ibovespa. Assim como ocorre com a situação contrária.

Independentemente dos casos, tanto os noticiários quanto investidores ficam atentos à situação. Em alguns momentos, gera uma grande sensação de apreensão entre os que estão posicionados em alguma ação na Bolsa de Valores.

Na nossa história recente, ocorreram vários momentos de queda do Ibovespa e recuperação seguinte. Em 2008, quando estourou a crise americana chamada Subprime, a Bolsa de Valores derreteu, especialmente as ações relacionadas aos bancos e empresas que tinham negócios no sistema imobiliário norte-americano.

Ao longo dos meses, ela foi se recuperando, e, depois dessa grande queda, tivemos a que ocorreu durante o ano de 2016. Nesse caso, foi impulsionada pelas instabilidades políticas que resultaram no impeachment da então presidente da república.

Apesar de ter ocorrido outro momento de queda ocasionado por problemas na política, em 2020, testemunhamos a maior queda das últimas décadas. Foram registrados seis eventos chamados Circuit Breaker em oito pregões.

Esse elemento ocorre quando a Bolsa de Valores cai tanto que a instituição decide paralisar os trabalhos para recuperar o fôlego.

Quais são os fatores que influenciam na subida ou na queda da Bolsa?

Apesar de ocorrerem essas grandes quedas na Bolsa de Valores, estamos tratando de uma das maiores do mundo. Logo, é natural e esperado ocorrer a recuperação nos próximos meses. Mesmo depois do caos vivido em 2020, os preços das ações que movimentam o Ibovespa recuperaram-se.

Atualmente, a Bolsa de Valores vem operando novamente em máximas históricas, impulsionada por diversos fatores que mencionaremos nos próximos tópicos. Contudo, vale a pena mencionar que esses não são apenas elementos que a fazem valorizar. Eles são os responsáveis pela movimentação, independentemente do lado. Continue lendo e saiba mais!

Momentos pontuais em Mercados específicos

Um dos fatores que movimentam muito os preços são situações ocorridas em mercados específicos. Por exemplo, a notícia da privatização da Eletrobrás animou os mercados e fez com que as ações da empresa disparassem em determinado pregão.

Outro exemplo recente foi a decisão do presidente da república em trocar o diretor-geral da Petrobras. A ação gerou certo receio nos investidores, e as ações da companhia caíram bastante por alguns dias.

Esses são exemplos de situações pontuais que ocorrem em mercados específicos. Sendo assim, você deve acompanhar os noticiários que tratam do assunto para não ser pego de surpresa quando alguma notícia ou um acontecimento chegar e mover os preços dos ativos.

Decisões e atitudes do Governo Federal

Ações e decisões do Governo Federal também interferem no preço das ações, especialmente nas empresas estatais com papéis negociados na Bolsa de Valores. Além das influências nas próprias companhias do Governo Federal, existem casos em que são proferidas regulamentações que travam o mercado.

Nesses casos, também pode ocorrer uma movimentação negativa das companhias afetadas, o que pode refletir na queda da Bolsa de Valores. O efeito contrário também pode acontecer.

Por exemplo, em determinado dia do ano de 2021, os voos passaram a ser liberados com um número maior de passageiros. Logo, as companhias aéreas puderam vender mais passagens. Consequentemente, os preços das ações dispararam e puxaram o Ibovespa para cima.

Modificações em Preços de Commodities

O preço das commodities também interferem na alta ou queda da Bolsa de Valores. Mais uma vez, isso se dá devido às empresas que exploram certos mercados e que utilizam alguns materiais. Por exemplo, imagine que o minério de ferro tem uma grande valorização em determinado momento.

Com isso, a Vale S.A. — uma empresa que explora esse mercado e faz parte do Ibovespa — venderá o seu produto a um preço superior. Logo, pode ocorrer uma valorização nos preços de suas ações que fazem o índice subir.

Dólar

O dólar é negociado na Bolsa de Valores por meio de contratos no mercado futuro. Quase sempre, ele faz uma correlação contrária com o Ibovespa. Ou seja, enquanto um sobe, o outro desce. Contudo, podem ocorrer dias em que ambos fiquem na mesma direção.
Quando um investidor estrangeiro aplica dinheiro no Brasil, ele deve fazer isso em real. Sendo assim, ele se desfaz do dólar para adquirir a moeda nacional, desvalorizando a norte-americana. Nesse caso, ocorre uma alta na cotação do Ibovespa e redução na cotação do dólar.

Por outro lado, quando os mesmos investidores temem algum problema no mercado interno, eles tendem a vender suas ações e comprar dólares. Nesse cenário, a moeda norte-americana se valoriza, e o Ibovespa cai, graças à saída de recursos estrangeiros.

Acontecimentos e Fatos inesperados

Por fim, temos os fatos inesperados, especialmente questões relacionadas ao clima, à morte de uma autoridade ou ao surgimento de uma doença perigosa, como testemunhamos em 2020, também têm a capacidade de movimentar o mercado. Geralmente, esses acontecimentos estão mais relacionados à queda nos preços. Afinal, fatores que fazem eles subirem, geralmente, já estão predeterminados, esperados pela maioria dos investidores.

Por exemplo, a privatização de uma grande companhia, a aprovação de uma reforma estruturante, trocas de governos, entre outras.

Como esses fatores interferem nos seus investimentos?

Conhecer cada um desses fatores é determinante para o sucesso de seus investimentos. Eles devem ser somados a outros tipos de análise, como a verificação de indicadores, múltiplos e números divulgados pela empresa que você deseja investir.

Os itens que influenciam as movimentações do mercado podem gerar grandes oportunidades para o investidor. Por exemplo, imagine o tamanho do lucro das pessoas que compraram ações da Petrobrás logo depois do caos e derretimento da Bolsa de Valores. Elas conseguiram uma grande lucratividade com essa operação, tendo em vista que as ações da companhia valorizaram muito desde então. Contudo, você não precisa esperar uma grande crise para comprar ações de uma empresa.

Diariamente, ocorrem situações que perfazem boas oportunidades de compras ou a possibilidade de se desfazer de uma posição. É importante entender que suas posições devem ser feitas em momentos de baixa ou correção de preços.
Assim, você fica mais tranquilo quanto à valorização do ativo nos próximos dias e melhorar o seu preço médio, caso ocorra uma queda maior. O investidor iniciante, deve ter em mente que o mercado financeiro é um organismo vivo e extremamente sensível a tudo o que acontece no mundo. Sendo assim, o seu papel é identificar essas nuances e tomar decisões assertivas frente a elas.

Como você pôde perceber, a alta ou queda da Bolsa de Valores é determinante para os seus investimentos. É preciso ficar atento aos fatores que influenciam esses movimentos. Assim, a sua tomada de decisões fica mais precisa e assertiva.

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