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As a Service: o que é e como funciona?

Modal é as a service

Se você entende de tecnologia, já deve ter ouvido o termo As a Service. Porém, diferente do que parece, ele vai muito além da aplicação nesse setor e também tem relação com investimentos. Bons exemplos que podemos citar seria o CaaS, o BaaS e até o IaaS.

Se estas siglas são estranhas para você, tenha calma, porque elas são simples de entender. Ao longo deste post, vamos mostrar o que são e como elas impactam a sua vida financeira. Mais do que isso, indicaremos como o modelo As a Service funciona.

Assim, você poderá tomar as melhores decisões e encontrar um banco de investimentos que faça a diferença na sua vida. Então, que tal saber mais? Continue a leitura!

O que é As a Service?

O termo As a Service se refere a algo “como um serviço”. Ele é viabilizado devido à tecnologia da computação em nuvem, que permite o acesso dos usuários a arquivos, documentos e softwares, ainda que estejam distantes. Assim, eles podem utilizá-los e editá-los sem precisar instalar nada no seu dispositivo.

Esse é o conceito do cloud computing. A questão principal do As a Service é implementar um modelo de negócio em que os serviços e as soluções são oferecidas dessa forma. Em outras palavras, seria similar a uma terceirização das ferramentas tecnológicas.

A consequência é a melhoria do relacionamento das empresas e das pessoas físicas com a tecnologia. Tudo por meio dos servidores em nuvem.

Como isso funciona?

Esse modelo depende basicamente da computação em nuvem para funcionar. Isso significa que sistemas, soluções, documentos, entre outros, ficam armazenados em um servidor externo, que é administrado por uma empresa especializada.

Pode parecer algo estranho, mas um exemplo deixa bem claro e fácil de entender como funciona. Sabe o Google Drive? Ele guarda os arquivos na nuvem, ou seja, em um servidor externo, e a ideia é exatamente essa.

O grande objetivo dessa ferramenta é facilitar a vida do usuário. Isso porque o uso do serviço desejado é feito com base no pagamento de uma espécie de mensalidade. Você escolhe somente o que realmente vai usar e paga por isso.

Caso precise de mais recursos, pode pedir o aumento das condições. Portanto, existe escalabilidade. É o caso de você ter apenas os serviços bancários mais básicos, mas requerer o acesso a mais funções. Assim, vai pagar o proporcional para ter acesso às ferramentas.

Em qualquer caso, você acessa o sistema, o arquivo ou o que precisa por meio de todo dispositivo com acesso à internet. Essa é a grande facilidade. Além disso, devido às suas características, o As a Service é aplicado em diferentes situações. Conheça as principais categorias:

SaaS: é o sistema (software) como serviço. É o caso de uma solução de gestão acessada pela nuvem, sem a necessidade de instalação no computador;

PaaS: é a plataforma como serviço. Esse serviço hospeda ferramentas voltadas ao desenvolvimento de soluções. Um exemplo é o Google App Engine;

IaaS: é a infraestrutura como serviço. Permite hospedar servidores, armazenar e processar dados e ter acesso a uma nuvem pública (compartilhada) ou particular. Por exemplo, o Amazon Web Service (AWS);

NaaS: é a rede (network) como serviço. Assim, é possível compartilhar dados entre nuvens. A grande vantagem é poder integrar vários sistemas;

Insurance as a Service: consiste em uma plataforma para oferta de seguros para pessoas ou empresas. Eles são personalizados e baseados em uma assinatura. Assim, a contratação é feita de acordo com as necessidades do usuário. A sigla também é IaaS. Por isso, apresentamos em separado para evitar a confusão de conceitos;

CaaS: é o crédito como serviço. O objetivo é fazer ofertas customizadas como mais uma solução do portfólio da empresa;

BaaS: é o Banking as a Service, que permite a qualquer empresa oferecer produtos financeiros. Para isso, depende de uma Interface de Programação de Aplicações (API). Inclusive, o BaaS pode oferecer o open banking e o seu conceito mais amplo, o open finance.

Aqui, começa a ficar claro como o As a Service tem relação com a sua vida financeira, certo? Continue lendo para entender mais sobre.

Quais são os benefícios do As a Service?

O próprio funcionamento desse modelo já mostra que ele traz vantagens para os usuários. Quer saber melhor quais são elas? Explicamos a seguir. Confira!

SEGURANÇA
O serviço garante confidencialidade, integridade e disponibilidade. Para isso, são adotados recursos tecnológicos, como a criptografia. Assim, o acesso indevido de pessoas não autorizadas é impossibilitado.
Além disso, outros dois requisitos do modelo AaS são os processos instrumentalizados ininterruptamente e a fidedignidade de dados, informações e conhecimentos.

MOBILIDADE
As soluções, as plataformas, os serviços bancários etc. são acessados a partir de qualquer dispositivo com acesso à internet. Isso traz o máximo de mobilidade, já que você pode fazer o que precisa a qualquer momento e de onde quiser.

REDUÇÃO DE CUSTOS
O acesso é feito com base no que você precisa. Assim, paga apenas pelo que usar, em vez de ter que arcar com recursos desnecessários para a sua realidade.

PERSONALIZAÇÃO
Os serviços são oferecidos de acordo com as suas necessidades. Por exemplo, no Insurance as a Service, você pode formar a sua apólice da maneira que quiser. Não existe mais a obrigatoriedade de contratar determinada cobertura.
Por exemplo, no BaaS, nem sempre você precisará acessar o preço dos ativos pelo bookbuilding. Isso porque apenas investirá na renda fixa. Por isso, é pouco interessante pagar por esse serviço.

Como o sistema ajuda a facilitar os processos financeiros?

Existem várias maneiras de ter os processos facilitados por meio do ecossistema criado pelo As a Service. Porém, vamos focar na questão financeira e bancária. Aqui, estamos abordando o BaaS, o CaaS e o seguro como serviço.
Quando esse é o assunto, é impossível esquecer o open finance. Afinal, os modelos estão inter-relacionados. Para entender melhor, o chamado sistema financeiro aberto consiste no compartilhamento autorizado de dados dos usuários.

Assim, eles podem ter acesso a ofertas melhores de crédito, por exemplo, porque outra instituição financeira visualiza as suas informações. Em outras palavras, você passa a ser o dono dos seus próprios dados.
No BaaS e no CaaS, o open finance é um recurso a mais. O usuário avalia as funcionalidades de que precisa e contrata somente aquelas que vai utilizar. Além disso, ele passa a ter mais autonomia para decidir o que é melhor.

É o caso do rebalanceamento de carteira, por exemplo. Por meio de um ecossistema As a Service, você tem acesso a uma plataforma completa de investimentos, em que poderá verificar as melhores opções de aplicação financeira para montar o seu portfólio.

Além disso, de tempos em tempos, você poderá fazer as alterações necessárias para ter a melhor rentabilidade possível para os seus objetivos financeiros. Dessa forma, pode descobrir que o come-cotas cobrado em determinado fundo de investimento compensa quando comparado à rentabilidade oferecida.

Como utilizar o As a Service?

Os investidores e os usuários de serviços financeiros podem utilizar o modelo AaS de três formas: BaaS, CaaS e IaaS. Cada um deles tem as suas características. Porém, todos têm o propósito de oferecer mais produtos e serviços financeiros, de seguros e de investimentos.

No caso do BaaS, a sua diferença para um banco tradicional é que todas as funcionalidades são oferecidas por empresas não bancárias. Elas estabelecem parcerias com instituições financeiras para oferecerem os mesmos recursos por meio de APIs.

Dessa forma, é possível construir um ecossistema completo. Para você, é a oportunidade de ter mais facilidade na contratação de serviços bancários, além de autonomia para decidir o que é melhor.

Inclusive, pode obter uma redução de taxas de juros devido ao compartilhamento de dados possibilitado pelo open finance. Afinal, com mais instituições financeiras tendo acesso às suas informações, fica mais fácil obter a oferta mais competitiva dentro das suas necessidades.

O CaaS, por sua vez, consiste na oferta de linhas de crédito personalizadas por instituições financeiras ou outras empresas. Novamente, a conexão é feita por APIs. Nesse cenário, taxas de juros, condições de pagamento etc. são direcionadas ao seu perfil de crédito.

Essa medida é interessante em várias situações. Por exemplo, na Cyber Monday. Digamos que você vai comprar um PS5, mas não tem dinheiro para o pagamento à vista nem limite no cartão de crédito para dividir o valor.
Nesse caso, o e-commerce que oferece linhas de crédito verifica a possibilidade de viabilização de uma linha de crédito mais atraente e específica para essa compra. Assim, fica mais fácil comprar o que você precisa.

Por último, o Insurance as a Service muda todo o relacionamento dos clientes com os seguros. Isso porque todas as coberturas são definidas pelo próprio contratante, em vez de serem predefinidas.

Inclusive, essa ideia vem ao encontro do chamado open insurance. Assim como o Sistema Financeiro Aberto, a ideia é utilizar APIs para garantir a integração dos dados e fazer ofertas de coberturas e planos customizados e realmente relevantes para o usuário.

EXEMPLOS DE SUAS APLICAÇÕES
Os exemplos já apresentados mostram como o As a Service funciona. Mas ainda tem mais! A seguir, listamos alguns dos principais para você entender como o modelo funciona. Veja:

● uma loja de roupas pode oferecer mais do que o famoso crediário. Por meio do BaaS, consegue contar com um cartão de crédito, por exemplo, para facilitar as compras dos seus clientes e fidelizá-los;

● uma plataforma de seguros oferece o valor básico da mensalidade e você pode escolher se deseja deixar a proteção para vidros e faróis, ou se contratará somente com uma cobertura completa;

● um banco passa a oferecer produtos de investimento mais sofisticados e acessíveis com o BaaS. Assim, você pode diversificar sua carteira.

Qualquer que seja a operação, a verdade é que o As a Service descomplica e desburocratiza os serviços financeiros. Dessa forma, mais pessoas têm acesso a eles e podem melhorar as suas vidas financeiras — até mesmo porque toda a contratação é personalizada e feita por meios digitais, tanto em instituições financeiras tradicionais quanto em fintechs e empresas não bancárias.

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