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Amortização: tudo que você precisa saber

Quando fazemos um empréstimo ou um financiamento, nos deparamos com uma série de eventos burocráticos. Assim, há muitas análises de documentações, taxa de juros, prazos etc., e acabamos esquecendo de um detalhe crucial no processo: a amortização.

Na verdade, a maioria das pessoas nem sequer conhece esse conceito. Desse modo, tomam decisões equivocadas na hora de assinar um contrato de empréstimo ou um financiamento. Pensando nisso, resolvemos elaborar este conteúdo.

Assim, mostramos o conceito de amortização, as opções que existem e como escolher um bom sistema. Continue lendo!

O que é amortização?

Basicamente, amortizar significa reduzir, podendo reduzir o valor total de uma dívida, por exemplo. Sabemos que, quando o banco empresta dinheiro, esse valor é dividido mensalmente. Assim, nele já estão embutidos o saldo devedor do montante que você pegou, acrescido dos juros e das taxas, combinados.

À medida que o pagamento das parcelas é feito, o saldo devedor é amortizado. Em outras palavras, assim que você paga a prestação, o saldo devedor vai diminuindo. Esse procedimento é aplicado sobre o valor bruto da dívida. Por exemplo, se você financiou um veículo de R$ 50.000,00, a amortização será apurada sobre esse montante.

Quais são os principais sistemas de amortização?

Esse conceito será entendido em uma forma mais prática quando mostrarmos os exemplos de amortização mais escolhidos e utilizados no mercado financeiro brasileiro. Veja quais são eles!

SAC
SAC é a abreviação para o termo Sistema de Amortização Constante. Ele é muito comum e conhecido nos dias de hoje, utilizado em muitos processos de financiamento oferecidos a pessoas físicas e jurídicas, especialmente, no crédito imobiliário.

Nele, o valor das parcelas fica inalterável. Contudo, temos oscilações entre o montante de amortização da dívida e os juros a incidir sobre cada parcela. O diferencial dessa modalidade é que os juros correspondem a uma quantidade maior nas primeiras parcelas, reduzindo posteriormente.

Nesse sentido, a parcela vai diminuindo à medida que os juros são pagos, permanecendo o valor principal. Por esse motivo é que os valores reduzem assim que os meses passam.

PRICE
O PRICE é um sistema francês que consiste em manter a amortização e os juros constantes em todas as parcelas. Nesse caso, o valor não se reduz à medida que o tempo passa, e as parcelas vão sendo pagas. Assim, os juros são distribuídos igualmente ao longo do processo de empréstimo ou financiamento.

No sistema anterior, as parcelas costumam ser mais caras no início e ficar baratas gradualmente à medida que são pagas. No PRICE, as prestações permanecem fixas desde a primeira até a última, podendo existir alguma variação pequena entre o valor pago em cada mês e iniciando com valores mais acessíveis e menores.

Para entender melhor a tabela PRICE, apresentaremos um exemplo. Imagine que você pegou um empréstimo de R$ 1.000,00 e parcelou em 10 vezes. Os juros cobrados na operação foram de 5% ao mês, utilizando esse sistema de amortização.

Sendo assim, o valor a ser pago mensalmente será de R$ 150,00. Ao final dos 10 meses, você terá pago um montante de R$ 1.500,00. Como você pode perceber, as parcelas são fixas desde a primeira até a última. Essa é a característica mais importante do PRICE.

SAA
O SAA é um sistema americano em que os juros são pagos em períodos preestabelecidos. O pagamento da dívida é efetuado em uma parcela única, estabelecida ao final do contrato. Ou seja, você recebe o valor total emprestado e paga apenas os juros durante um período.

Ao final desse tempo, ocorre a quitação de todo o montante que pegou emprestado. Vamos voltar ao exemplo da pessoa que fez um empréstimo no valor de R$ 1.000,00 a uma taxa de juros de 5% ao mês, em 10 vezes.
Nesse caso, utilizando o SAA, ao longo dos meses, ele pagaria apenas o valor dos juros, que seriam os R$ 50,00. Ao final do período, faria a quitação do valor fornecido integralmente, ou seja, os R$ 1.000,00.

Como escolher um sistema de amortização ideal?

Como pudemos perceber, os sistemas de amortização são muito diferentes entre si. Na prática, o custo final do empréstimo ou financiamento pode não alterar muito. Contudo, a forma que os juros são pagos impacta diretamente na sua gestão financeira. Por isso, a escolha por um desses sistemas deve ser feita com uma análise muito aprofundada.

Em alguns casos, a instituição financeira que está cedendo empréstimo não oferece a possibilidade de escolher por um sistema de amortização. Isso porque o produto oferecido pelo banco já tem uma forma prefixada de amortização do saldo devedor.

Mas, se existir a possibilidade de escolha, vale a pena analisar alguns critérios antes de tomar a decisão. Nesse caso, devemos refletir nos seguintes questionamentos:

● qual o tempo que você tem para pagar toda a dívida e como isso se encaixa no seu orçamento mensal?
● você conhece bem o sistema de amortização que está pensando em utilizar?
● qual dos sistemas disponibilizados pela instituição proporciona o menor impacto para suas finanças?
● quais são as outras opções oferecidas pela instituição financeira que podem ser interessantes para você?

Com base nessas perguntas, você entenderá melhor o seu perfil financeiro e decidirá de forma mais precisa. Em alguns casos, por exemplo, vale a pena escolher pela modalidade PRICE, tendo em vista o fato de as parcelas serem menores que outros sistemas.

Em outros casos, o SAC pode ser mais interessante, especialmente para aquelas pessoas que querem ter mais tranquilidade para pagar o financiamento no futuro. É importante entender que não existe um sistema melhor ou pior que o outro. No final, os juros pagos no financiamento ou empréstimo serão praticamente os mesmos.

Por isso, é muito importante conhecer seu perfil e suas necessidades antes de decidir sobre o sistema de amortização que será escolhido. Dessa forma, você coloca consciência e intenção nesse processo, evitando cometer erros que podem prejudicar a sua saúde financeira.

Para finalizar este artigo, é fundamental que você entenda o conceito de amortização e comece a analisá-lo a partir de agora. Além disso, também é fundamental observar questões como prazo de pagamento e taxa de juros cobrada.
Para aumentar o seu nível de conhecimento sobre o assunto, preparamos outro artigo para você conferir. Nele, mostramos quais são os principais tipos de juros e como eles afetam suas finanças ao pegar um empréstimo.

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